Soluços da alma – Gustavo Aragão

À sombra da noite perco-me

em melodiosos silêncios,

que furtam cores de vida encrespada.

Sou um feixe de luz – em si mesma, perdida –

partido no tempo e no espaço,

degustando o vazio acre,

que tempera minha alma e minhas horas aflitas.

Cubro-me com véus vazios, velozes, vários,

entalhando alegrias inexistentes.

Busco, nos sonhos, flores de renovação,

a chama da evolução, o novo,

que renovaria se não fossem os muros –

navalhas a cortarem as asas incautas dos sonhos criados,

numa infância perdida, num tempo não tão distante.

Sou mera sombra à sombra da sombria noite.

Fio de palavras vazias, desencontradas,

assombradas num estalar de minutos.

Por Gustavo Aragão.

22/08/2007 – São Paulo.

* Todos os direitos estão reservados ao autor perante a Lei de Direitos Autorais.

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