Subpac diz não ser responsável por reparos na Catedral

Catedral Metropolitana de Aracaju (Foto: Portal Infonet)

“A responsabilidade da obra de restauração da Catedral Metropolitana de Aracaju, bem como de qualquer bem tombado pelo Governo do Estado, não é da Subsecretaria de Estado de Patrimônio Histórico e Cultural (SUBPAC), e sim do gestor do patrimônio, no caso a Arquidiocese de Aracaju”. A declaração é uma resposta da Subsecretaria, após a divulgação na imprensa sergipana de que um dos símbolos da religiosidade no estado, a Catedral Metropolitana de Aracaju, está com problemas fisicos na estrutura interna e externa do prédio, mais precisamente por apresentar uma rachadura em uma das torres do prédio, que ameaça desabar se não houver um reparo em sua estrutura.

A informação da falta de manutenção e a necessidade dos reparos na igreja foi confirmada na manhã desta quarta-feira, 14, pela própria Arquidiocese de Aracaju.  O assessor da Curia, Edmilson Brito, se disse preocupado com a situação existente. “Alguns reparos na parte interna deve ser feito, mas a nossa maior preocupação é com a torre que pode desabar. Verificamos o problema no final do ano passado no período do Natal quando uma empresa responsável por fazer a implantação das luminárias percebeu uma rachadura na torre direita”, garante Edmilson ao acrescentar que há três ano houve uma reforma de reparos no prédio.

Os degraus da escadaria da igreja estão danificados

Edmilson Brito ainda diz que tão logo foi verificado o problema na torre, um comunicado foi encaminhado ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em Sergipe informando da necessidade da reforma. O pároco da igreja, o padre José Dário dos Santos, está em viagem e deve chegar ainda essa semana ao Estado para passar maiores informações à imprensa. Construída em 1862, a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição tornou-se catedral no ano de 1910 e é considerado um dos monumentos da arquitetura religiosa no estado.

A equipe do Portal Infonet esteve na catedral e pôde constatar a necessidade dos reparos devido ao desgaste do tempo. Logo na entrada foi visível identificar que a escadaria do prédio está com parte dos degraus danificados e dentro da igreja também se pode perceber que a estrutura interna necessita de reparos de manutenção na pintura.

Esclarecimentos

Na parte interna é visível perceber o desgaste da pintura

Da superintendência do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) a informação passada é que o Instituto não tomou conhecimento do comunicado, mas que o Instituto tem interesse em se senta para discutir a situação. Além disso, a Catedral possui tombamento estadual e que por isso, sendo dele a responsabilidade.

Por meio de nota, a SUBPAC informa ainda que realiza vistorias periódicas de inspeção em todos os monumentos tombados pelo Estado e já havia alertado para a situação da Catedral ao gestor, desde 2007 e sugerido, inclusive, a gestão compartilhada para a realização da obra, envolvendo a Igreja, Estado iniciativa privada e empresas públicas. Segundo a SUBPAC, hoje é muito comum esse tipo de gestão.

A SUBPAC esclarece que não pode admitir a realização de obras sem o devido projeto de restauração, que deve ser contratado pelo gestor do monumento e aprovado pela SUBPAC. Por fim, alerta, mais uma vez que a situação da Catedral é muito grave e que o prédio precisa urgentemente ser restaurado, e não reformado.

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