Acordo com União Europeia dinamizará economia brasileira, diz Araújo

Acordo comercial entre União Europeia e Mercosul é assinado em Bruxelas (Foto: Ministério das Relações Exteriores)

O acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia, assinado na sexta-feira, 28 de maio, em Bruxelas, após 20 anos de negociações, vai dinamizar a economia brasileira como um todo, disse o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo. Em entrevista coletiva na capital do bloco europeu, transmitida ao vivo pela internet, o chanceler destacou que os ganhos vão além do aumento das exportações agrícolas gerado pela redução de tarifas.

“Um acordo dessa magnitude não deve ser olhado do ponto de vista estático, da redução de tarifas que facilita o acesso a determinado produto. [O acordo] mexe com todo o conjunto da economia, atrai investimentos que gera facilidades, facilita importação de insumos que aumenta competitividade de um determinado produto intermediário que às vezes vai entrar na cadeia de um terceiro país, não necessariamente da União Europeia, graças a regras de origens mais flexíveis”, explicou

Araújo disse que o acordo é estratégico para todos os setores da economia brasileira, ao abrir caminho para a redução de custos e para a abertura de mercados preferenciais para a União Europeia, que ele classificou de maior mercado importador do mundo. Ele também ressaltou a importância de o Brasil ingressar em grandes cadeias produtivas globais.

“Isso tudo gera impacto econômico que vai além dos grandes, daquele produtor que não vendia e vai vender porque a tarifa caiu. Do lado da indústria brasileira, o acordo facilita a importação de bens de capital, de maquinário de último tipo. Isso vai alavancar a indústria manufatureira por muito tempo”, declarou o chanceler.

Segundo o ministro, o acordo aumenta as perspectivas de ganhos para o Brasil ao colocar o país em pé de igualdade com outras economias que tinham fechado acordo com a União Europeia, como o México e o Canadá. “Isso afeta desde produtos agrícolas e industriais, de setor em setor, criando equilíbrio de condições. Estávamos em condições de desvantagem”, disse.

Salvaguardas

Alegando que o conteúdo do acordo só será divulgado no fim de semana, Araújo; a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e o secretário especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia, Marcos Troyjo, não deram detalhes sobre o acordo. Eles confirmaram que a União Europeia manteve a salvaguarda para produtos agrícolas brasileiros, mas disseram que outras concessões compensaram a manutenção.

As salvaguardas representam medidas automáticas de proteção comercial em caso de surto de importações que prejudiquem a concorrência com o produto local. Nesse caso, o país ou bloco econômico aumenta tarifas ou estabelece quotas de importação.

Ganhos

Segundo Troyjo, o acordo não apenas assegura maior acesso do mercado brasileiro ao exterior como facilita a tramitação da pauta econômica no Congresso Nacional. “Estamos em um momento no Brasil no qual há cinco frentes de reformas econômicas. Isso exige do país modernização competitiva, comercial. Ou seja, a abertura comercial é um grau acelerador institucional. Os exemplos do mundo mostram que acordos servem de modernização das regras internas.”, afirmou. Ele acrescentou que, além das mudanças na legislação, a abertura econômica estimula as próprias empresas brasileiras a se modernizar.

Fonte: Agência Brasil

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