O aumento das importações de produtos lácteos está causando prejuízos para a cadeia produtiva no sul do país, responsável por 30% da produção nacional de leite. De acordo com dados do Fórum Permanente da Cadeia Láctea da Região Sul , o segmento tem aproximadamente 310 mil produtores, mas emprega direta e indiretamente 1,2 milhão de pessoas. Segundo o superintendente do Senar-PR e presidente do Conseleitei-PR, Ronei Volpi, as indústrias de laticínios do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina estão trabalhando com uma média de 43% de ociosidade.
Levantamento feito pelo fórum mostra que a cada quilo de leite em pó importado, a indústria deixa de comprar 10 litros de leite dos produtores. Volpi disse que as importações brasileiras de lácteos são provenientes, na maioria, de países do Mercosul e abastecem principalmente a Região Sul, mercado facilitado pela proximidade e pelos acordos tarifários. “Um total de 87% das importações brasileiras são provenientes da Argentina e 56% do Uruguai” – disse à Agência Brasil. De janeiro a novembro de 2010 o setor lácteo representou gastos para o país de mais de 262,1 milhões de dólares. Essas importações têm aumentado .No ano de 2007 representavam gastos de 152,7 milhões de dólares .
De acordo com o presidente do Conseleitei-PR, esse aumento pode ter acontecido devido às vantagens econômicas promovidas pelo sistema cambial, atualmente favorável às importações. Volpi explicou que para reverter essa situação, produtores, trabalhadores rurais e da indústria do leite dos três estados se reuniram no fim do mês de dezembro, em Curitiba, e elaboraram um documento que aponta soluções consideradas fundamentais para o setor. “Estamos enviando cópias deste documento, na próxima semana, para autoridades do governo federal, bancadas da Câmara e do Senado e a toda a classe política nos âmbitos estaduais e municipais”, disse.
Com informações da Agência Brasil
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