Bancos: profissionais liberais reclamam de greve

Apenas caixas eletrônicos funcionam nas agências (Fotos: Portal Infonet)

A greve dos bancários entra no oitavo dia sem perspectiva de negociações. Em Sergipe, estão funcionando apenas as agências do Banco do Estado de Sergipe (Banese), em decorrência do acordo feito entre a diretoria do banco e os funcionários, e uma agência de um banco privado no interior do estado, cujos servidores não aderiram ao movimento grevista apesar de não ter firmado acordo.

A greve dos bancários divide opiniões. Muitas pessoas estão recorrendo aos caixas eletrônicos e, por enquanto, garantem que não encontram dificuldades no atendimento. Mas os profissionais liberais, especialmente aqueles que trabalham diretamente com movimentações financeiras, reclamam de prejuízos.

“A greve está interferindo muito, principalmente a mim que trabalho com transação comercial”, comentou a corretora de imóveis Mara Santos. “A greve já começou a atrapalhar e muito, estamos tomando prejuízo nas negociações. A greve acarreta multa contratual para alguns clientes porque tudo depende de movimentação bancária, principalmente agora que os bancos oferecem menos crédito e o mercado caiu muito”, ressalta a corretora.

Mara: prejuízo nas negociações 

Outras pessoas revelam que a rotina não foi afetada e declaram apoio à mobilização dos bancários. “Praticamente, a greve não me afeta em nada”, diz o funcionário público Marcos Antonio Gomes. “Temos acesso aos caixas eletrônicos e também sou a favor desta luta”, confessa.

A direção do Sindicato dos Bancários em Sergipe não prevê o fim da paralisação. Segundo o diretor do sindicato, João Carlos Carvalho, a categoria só vai começar a realizar assembleias nos estados quando a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) apresentar uma contraposta. Por enquanto, segundo o sindicalista, os banqueiros se restringem a oferecer apenas 5,5%, índice que, na avaliação dos bancários, não repõe a inflação acumulada em um ano que está no patamar de mais de 9%.

Em nota, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), que é vinculada à Febraban, informou que está aberta ao diálogo e que, além do reajuste de 5,5% [na ótica dos banqueiro este índice repõe a inflação acumulada nos últimos doze meses], contemplaria todos os bancários com um abono imediato de R$ 2.560,00 e participação nos lucros com fórmula de cálculo idêntica a já adotada pelos bancos.

Por Cássia Santana

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