Camelôs: promotora exige fiscalização no centro

Audiência debate segurança dos ambulentas (Fotos: Cássia Santana/Portal Infonet)

A Prefeitura de Aracaju deve manter a fiscalização para evitar que os vendedores ambulantes ocupem as calçadas que contornam o Edifício Estado de Sergipe. Havia uma preocupação quanto à segurança dos ambulantes que se concentravam na parte externa onde existia uma área reservada para o estacionamento de motocicletas devido ao intenso tráfego de veículos e o temor de que os ambulantes também fossem proibidos de permanecer no local.

Mas na audiência pública realizada nesta quarta-feira, 22, no Ministério Público Estadual houve consenso, pactuando que os ambulantes permanecerão na área que antes era reservada ao estacionamento de motos e proibidos de ocupar as calçadas destinadas a pedestres. “Agora está tudo ótimo, conseguimos mostrar para a promotora que ali não há risco e que o fluxo de veículos está normal no local”, comemorou o presidente da Associação dos Ambulantes Força dos Trabalhadores, Antonio Marcos Vieira Cruz.

Daniel [à esquerda] e Cruz mostram realidade do local à promotora

A audiência foi conduzida pela promotora Berenice Andrade de Melo, da 4ª Promotoria de Justiça do Cidadão Especializada na Defesa do Acidentado do Trabalho. A promotora convocou a audiência baseada nas fotografias que recebeu de um vendedor ambulante, indicando que os transportes coletivos estariam colocando em risco a segurança daqueles comerciantes. “Mas conseguimos provar que nada disso acontece”, relata o presidente da Associação. “Quem mandou, fez a foto no dia em que um motorista abriu demais a direção e acabou obrigado a dar ré para seguir pelo trecho, mas isso não acontece”, disse.

O representante da Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb), Daniel Lessa, mostrou documentos à promotora demonstrando que a prefeitura de Aracaju está tomando as medidas necessárias para evitar que os ambulantes ocupem as calçadas do centro da cidade e garantiu que o problema será resolvido com a construção do camelódromo. “A Emsurb está fazendo a parte dela”, observou. Mas revelou que a prefeitura não está tendo condições de executar o projeto, em função da queda de receita do município e assegurou que o camelódromo será construído a partir de uma parceria a ser firmada entre o Poder Executivo e a iniciativa privada.

Por Cássia Santana

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