Campanha ‘Pirataria: Tô Fora’ chega a Aracaju

Foto: SSP/SE
Para aproveitar o grande público que comparecerá ao Pré-Caju, a campanha de combate à pirataria estará durante toda a festa fazendo uma mobilização para divulgar as ações da campanha ‘Pirataria: Tô Fora’. O coordenador Rodrigo Thompson, que está em Aracaju para participar do evento, disse que o público prioritário é o adolescente, que segundo ele, é o maior consumidor de produtos piratas no país.

De acordo com Thompson, a campanha visa mudar a percepção da sociedade com relação a pirataria. “A pirataria é extremamente maléfica para o país, causa uma série de prejuízos e muitas vezes ela é vista como algo benéfico, por causa do preço”, disse o coordenador.

Ele argumenta que os prejuízos causados pela pirataria são o aumento da informalidade, sonegação de tributos, além do crescimento econômico, porque ela desestimula a inovação.

O crime organizado está cada vez mais associado a pirataria, acredita Thompson. O coordenador ressaltou que existem grandes organizações criminosas, até internacionais, que estão utilizando dessa prática para se financiar. “É um negócio altamente lucrativo e menos arriscado até do que outras práticas como tráfico de drogas e o tráfico de armas”, afirmou.

Os mais pirateados

Rodrigo Thompson
A cada ano, novos produtos estão sendo pirateados, por causa do surgimento de novas tecnologias. Para o coordenador da campanha, as novas tecnologias de certa forma facilitam a cópia. “Se tem cada vez mais cópias fiéis ao original”. Os CD”s, DVD”s e programas de computador são os principais produtos pirateados. Além deles, o cigarro, brinquedo, agrotóxico, roupa, perfume, bisturi, cateter e até duchas de banho estão na lista.

Sobre os desvio de conduta de alguns policiais que após a apreensão de produtos pirateados acabam ficando com parte da mercadoria, Thompson preferiu não estender o assunto. “São formas de desvio de conduta é por isso que os órgãos tem investido mais em corregedoria internas para coibir essa prática. Não é o comum, é uma minoria”, resumiu.

Luta complexa

“Para um problema complexo a luta não é simples deve envolver várias frentes de combate para derrotar”, disse Thompson. E frisou que não só as ações de polícia são importantes, mas trabalhos educativas ao lado do consumidor que o conscientize e mude essa percepção. Segundo o coordenador da campanha de combate à pirataria, há outras formas de tentar reduzir o preço do produto original. Entre os exemplos estão os clubes de futebol que criaram linhas de produtos a preços mais populares e vendem até na porta dos estádios. 

“O pirata não recolhe tributos”
Para Thompson, alguns setores devem ser pressionados para que reduzam o preço do produto original, mas o consumo do produto pirata não resolve esse problema. Segundo ele, o consumidor deve ter a consciência de que o preço do produto original nunca será próximo ou igual do produto pirata. “O pirata não recolhe tributos, não tem controle de qualidade, não registra empregados”, afirmou. 

O problema central da pirataria também encontra-se no baixo poder aquisitivo da população. Porém não é o único, tendo em vista que as classes A, B e C estão consumindo produtos piratas em grande escala. “Não tem a justificativa do poder aquisitivo, na verdade é querer levar vantagem de qualquer jeito”, concluiu.

Por Paulo Rolemberg

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