Centrais sindicais veem perda de direitos com reforma da previdência

Protesto aconteceu na praça General Valadão nesta quarta-feira, 20 (Foto: Portal Infonet)

Representantes de algumas entidades sindicais, partidos políticos e outros setores da sociedade civil se reuniram na tarde desta quarta-feira, 20, na praça General Valadão, centro de Aracaju, para protestar contra a proposta de reforma da previdência. Segundo algumas lideranças que discursaram no local, o projeto apresentado pelo governo fere diretamente os direitos conquistados pelos trabalhadores.

Roberto Silva, diretor da CUT (Foto: Portal Infonet)

Segundo o diretor de formação da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Roberto Silva, a proposta de reforma apresentada nesta quarta-feira, 20, pelo governo de Jair Bolsonaro (PSL) é pior se comparada com a apresentada em 2017 pelo então presidente Michel Temer (MDB). “Os maiores prejudicados serão os trabalhadores que ganham salários baixos”, afirma. “É uma reforma que não ataca os privilégios. Infelizmente os trabalhadores vão pagar a conta”, acrescenta.

Em relação a aposentadoria dos servidores públicos em geral, Roberto acredita que a reforma possibilitará algumas injustiças no futuro. “Outro problema grave é a situação dos servidores públicos. A reforma prevê a obrigação dos estados e municípios possuírem regimes próprios de previdência. Isso é grave. Porque muitas vezes os gestores descontam dos salários dos servidores, mas não fazem o depósito”, afirma.

Professa vê como falta de respeito aos docentes texto da reforma da previdência sobre aposentadoria de professores (Foto: Portal Infonet)

A professora Maria Valdelice também se demostra receosa com o texto da reforma. “O Brasil tem muita desigualdade e o vejo essa reforma como uma oportunidade de retirada de direitos”, afirma. De acordo com um dos pontos da previdência, professores se aposentarão aos 60 anos de idade. Para Valdelice, isso é um sinal de desrespeito com os docentes. “A realidade na sala de aula é muito dura. Não é só chegar lá e dar aula. Temos que lidar com muitos problemas, inclusive a violência”, relata.

por João Paulo Schneider e Aisla Vasconcelos

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