Comerciários e patrões tentam um acordo

De um lado, comerciários, do outro, empresários

Representantes nacionais das redes de supermercados que atuam em Aracaju, vereadores e representantes dos comerciários e dos patrões estão desde a manhã a desta sexta,5, reunidos no auditório do Senac para tentar um acordo relativo aos trabalhos nos domingos e feriados e reajuste salarial.

Inicialmente o representante do Sindicato dos Comerciantes, Marcos Peixinho, apresentou a seguinte proposta: aumento do piso salarial I para R$ 470 e do II para R$ 487,50, representando um reajuste de 23% sobre o atual;  quebra de caixa de 7%; pagamento de R$ 20 em vale-compra para cada feriado trabalhado e de R$ 8, também em vale-compra, para os domingos,

Mesa foi composta por vereadores, pres. da Fecomércio e líder do sindicato
e extingüir banco de horas. 

Além desses pontos, o representante dos patrões disse que os supermercados não abririam as portas em quatro dos 14 feriados em 2009 (01/01, 01/05, 24/06 e 25/12). Após a leitura, o destino das negociações estavam nas mãos dos membros do Sindicato dos Comerciários de Sergipe, que discutiram a proposta em uma sala reservada no prédio do Senac.

A revolta

O presidente do órgão, Ronildo Almeida, reprovou a oferta e foi apoiado por toda a categoria presente. O advogado do sindicato chegou a dizer que tal proposta foi um tapa na cara do trabalhador. “Retrocedemos. Querem nos dar vale-compra assim como no tempo da escravidão”, disse Ronildo.

Em sala reservada, categoria discute a proposta
Convidado dos comerciários, o economista Luis Moura citou o caso de Vitória (ES), onde os supermercados não abrirão aos domingos a partir de janeiro, acarretando multa aos estabelecimentos que descumprirem a lei. “E o valor da multa ainda será dividida entre os funcionários que trabalharam no referido domingo”, complementou.

De volta ao auditório, o presidente Ronildo Almeida, com apoio das palavras de Moura, revelou a recepção negativa da categoria aos empresários presentes. “O principal ponto, que é a jornada exaustiva de trabalho, não foi incluída”, reclamou. Marcos Peixinho, por sua vez, solicitou uma contraproposta do sindicato.  

A contra-proposta

Empresários debateram a contra-proposta
Após muita insistência, os comerciários apresentaram a seguinte contra-proposta: trabalhariam quatro feriados ao ano (21/04, 12/10 , 15/11 e 08/12), e não dez como na proposta inicial; receberiam R$ 20 em espécie, e não em vale-compras, para domingos e feriados trabalhados; piso salarial de R$ 502 e redução no número de domingos trabalhados.

Então, foi a vez da alta cúpula das redes de supermercados, junto aos representantes do Sindicato Patronal se reunirem em sala fechada para avaliar o que foi proposto pelos empregados. De lá retornarem com nova proposta, que foi a seguinte: Piso de R$ 500; 50% de domingos trabalhados e 50% de folga, sendo que pagariam R$ 10 e R$ 10 em vale-compra por domingo trabalhado; manteriam quatro feriados com as portas abertas, sendo que nos outros 10 que abrirem iriam pagar R$ 20, 100% de hora-extra, vale e lanche.

Essa última proposta está sendo avaliada neste momento pelos comerciários.

Por Glauco Vinícius e Carla Sousa

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