Crise chega ao mercado da beleza com queda de 30% em SE
Rozira dos Santos disse que os donos de salão estão sendo criteriosos e buscam economizar (Fotos: Portal Infonet) |
Quem trabalha no segmento de cosméticos e produtos de beleza está assustado com a queda nas vendas e na procura pelos serviços nos salões de beleza. Em Sergipe, segundo os proprietários de salão, a queda foi de 30% na procura pelos serviços e 50% nas vendas dos produtos.
No ramo há cerca de 20 anos, a revendedora de produtos capilares, Rozira dos Santos, disse que os donos de salão estão sendo criteriosos e buscam economizar o quanto pode. Segundo ela, muitos não conseguem gerar renda para investir em produtos e objetos para seus salões. “Este é um momento muito difícil para nós que lidamos com serviços voltados para as mulheres. Os proprietários estão se segurando para não gastar porque o movimento está muito fraco”, explica Alzira.
Para tentar driblar a crise, a empresária realiza mais um evento, a Sergipe Professional Beauty Hair & SPA, que é uma feira de cosméticos voltada para profissionais e marcas do ramo de beleza. Na feira já passaram mais de 800 profissionais em busca de produtos mais em conta e que possa ser repassado por um preço justo para os clientes. O evento acontece no Ginásio de Esportes Constâncio Vieira.
Mas a desânimo é geral entre os donos de salão. Eles atribuem a baixa procura em seus salões não só à crise, mas também ao número de salões que são abertos a cada esquina e com profissionais que não são capacitados. Rosangela Santana dirige um salão na cidade de Itabaiana há mais de 15 anos. Ela atribui a baixa na procura ao aumento dos produtos e à concorrência. “Está muito difícil se manter no mercado porque, além da concorrência estar alta, os produtos estão sendo vendidos na internet a preços muito baixos e o próprio cliente está fazendo uso em casa e de forma errada|”, reclama.
O evento acontece no Ginásio de Esportes Constâncio Vieira
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O representante de produtos e equipamentos para salões, Augusto Gunther, também reclamou da crise. Segundo ele, profissionais, que antes investiam em equipamentos, hoje procura economizar o máximo. “Estou no mercado há anos e nunca enfrentamos um momento tão difícil como esse. Nunca imaginei que este mercado poderia passar por isso”, reflete.
Por Eliene Andrade