Economista dá dicas para evitar endividamento com coisas supérfluas

Compras com supérfluos podem comprometer até 80% da renda, diz economista (Foto: Pixabay)

A última Pesquisa de Endividamento e Inadimplência, realizada pela Confederação Nacional do Comércio (CNC) realizada no mês de junho sobre o endividamento das famílias sergipanas, aponta que mais de 133 mil famílias, ou seja, 67,8% das famílias de Sergipe estão endividadas. O levantamento aponta também que mais de 21 mil famílias estão inadimplentes, ou seja, sem conseguir pagar suas dívidas assumidas. O economista do Departamento de Estatísticas e de Ciências Atuariais da Universidade Federal de Sergipe, Cleber Oliveira, orienta as pessoas a evitar dívidas desnecessárias, e consequentemente, o endividamento.

Antes de adquirir qualquer produto ou serviço, o economista recomenda que o consumidor faça três perguntas básicas a si mesmo: eu posso pagar? É importante para minha vida? Posso deixar para depois? Se alguma das respostas for negativa, a compra não precisa ser feita.

“Antes de qualquer coisa, as pessoas precisam ter um controle grande nos seus gastos. O que gera a inadimplência é a incapacidade de pagar, que acontece ou por descontrole, ou por perda de renda. Se as pessoas deixassem de consumir o supérfluo, economizariam bastante porque o essencial é barato. A conta de telefone, o almoço no restaurante, cinema, viagens, roupa nova, são coisas supérfluas, e quando você soma os supérfluos ele as vezes ultrapassa 70% a 80% de sua renda, e sua vida continua do mesmo jeito. Supérfluo é muito caro, o que é diferente de conforto”, explica o economista.

Economista, Cleber Oliveira, diz que gastos com supérfluo podem comprometer até 80% na renda (Foto: Infonet)

A dica do especialista para as pessoas que já estão endividadas e não conseguem pagar suas contas é negociar. “Não recomendo pegar empréstimo em outro banco para pagar dívida no cartão de crédito ou de outra instituição financeira. Negocie! Banco não é parceiro. Quando a gente vai negociar vamos sempre na situação subserviente, e quando vamos comprar é a mesma coisa, parece que estamos pedindo para comprar. Não! O dinheiro está comigo, quem tem o poder é o consumidor”, enfatiza.

A negociação, segundo Cleber, também deve ser feita no momento da compra. Dessa forma o cliente consegue bons descontos e melhoras formas de pagamento. “É importante negociar até se chegar a um preço que você ache justo e caiba no seu bolso. A gente tem que negociar sempre, não conseguiu? Vá para outro local. Se você não comprar é ruim para a loja porque o dinheiro continua com você, e a sua vida vai ficar do mesmo jeito. Chegou ao seu valor? Pergunte se pode parcelar, porque você pega esse recurso que ia comprar aquele objeto, coloca na poupança e vai pagando aquela parcela com sua renda mensal”, orienta.

Por Karla Pinheiro

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