Eletricitários prometem cruzar os braços em Sergipe

Paralisação não está descartada (Foto: Arquivo Portal Infonet)

Após 41 dias da entrega da pauta de reivindicações e apenas, de fato, uma rodada de negociação, os eletricitários de Sergipe decidiram convocar assembléia para votação de uma proposta insuficiente, onde pode desencadear  uma possível paralisação em sinal de alerta. A categoria, que concentra mil trabalhadores, percebe o menor salário eletricitário em nível de Brasil.

Dentre as reivindicações, os trabalhadores desejam reajuste salarial de 11%. O serviço de fornecimento de energia elétrica poderá estar comprometido, caso não ocorra o consenso entre os trabalhadores e a Energisa/Se.

A pauta de reivindicações foi entregue no dia 30 de setembro e, desde então, apenas uma rodada de negociações, que ocorreu nesta sexta-feira. Considerando que a empresa não apresentou uma contraproposta que atendesse aos anseios da categoria, a comissão do Sindicato dos Eletricitários de Sergipe (Sinergia), decidiu que na próxima quinta-feira, 17, a categoria irá realizar ato público em frente a Energisa e, na sequência, às 18hh30, assembleia-geral para as discussões em torno de uma proposta muito abaixo do que o que foi reivindicado e, consequnetemente, paralisação em sinal de protesto e alerta, já que a categoria entende que a atividade é de alto risco e merece melhores salários.

Perguntado se a categoria está realmente caminhando para uma possível greve, o que causaria um blackout nos serviços, o presidente do Sinergia, Sérgio Alves esclareceu que o sindicato está insistindo nas negociações porque entende que uma paralisação pode comprometer um serviço essencial à população, contudo, não está descartado. “A catgeoria é que irá decidir”, lembrou.

A assembléia-geral será na sede do Sinergia, localizado na rua I, nº 209, Loteamento Poxim, bairro Inácio Barbosa. “Pretendemos reunir trabalhadores de todo o Estado, considerando que pela primeira vez na história do nosso sindicato as negociações estão se prolongando e que ocorra o consenso, inclusive, ultrapassando a data-base da categoria que é primeiro de novembro”, destacou Sérgio

Na concepção de Alves, é inadmissível que uma empresa como a Energisa que tem uma lucratividade elevadíssima pague um piso salarial de R$ 560,00 aos seus trabalhadores; que pague um ticket refeição de R$ 12,00.

O sindicalista afirmou que a empresa tem altos índices em acidentes, a exemplo dos trabalhadores que foram vitimados na montagem da árvore de natal. Além disso, são 70 eletricitários afastados por motivo de doença.

Tendo em vista que a atividade eletricitária é de alto risco e que, portanto, exige o conhecimento e capacitação, Sérgio entende que esse serviço não poderia ser efetuado por empresas terceirizadas. “Nessas empresas, são colocados trabalhadores sem qualificação, comprometendo, portanto os serviços executados”, confirmou.

Os eletricitários pretendem conquistar um piso salarial de R$ 800,00; abono salarial de R$ 1.800,00; reajuste de 11%; plano de saúde para os afastados por doença e acidente de trabalho, além reajuste no ticket alimentação para R$ 15,00.

Fonte: Ascom Sinergia

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