As novas medidas anunciadas pelo Governo de Sergipe, que já estão em vigor, não agradaram aos empresários que atuam na área de eventos, bares e restaurantes. Os empresários acreditam que é preciso avaliar melhor onde está acontecendo à proliferação da Covid-19 e limitar o acesso a esses locais.
O presidente da Associação dos Bares e Restaurantes de Sergipe (Abrasel/SE), Bruno Dória, diz que entende que é preciso adotar medidas para conter a proliferação do vírus, mas que não entende porque a medida do Governo afeta apenas bares, restaurantes e eventos.
“O vírus está apenas nos bares e restaurantes? Os outros locais estão livres da doença? A medida afeta apenas um setor e os demais, a exemplo dos shoppings e do Centro da cidade, que todo dia está cheio de gente e continua normal. Nós entendemos a situação, entendemos que é algo mundial, mas o que não entendemos é porque só os bares e restaurantes são penalizados em Sergipe”, reclama.
Bruno diz ainda que é a favor da fiscalização, mas é preciso que ela seja feita em todos os locais, e não apenas nos bares e restaurantes de maior porte e situados em pontos turísticos. “A fiscalização deve acontecer em todos os lugares e punir quem não obedece ao que o decreto determina. Na periferia, nos bairros e os espetinhos da vida estão cheios e funcionando normalmente, a fiscalização acontece apenas nos bares e restaurantes maiores”, critica.
A maioria dos bares e restaurantes que estavam com ações programadas para o réveillon está cancelando os eventos. De acordo com a Abrasel/SE fica inviável manter os eventos com o público reduzido. “O final de ano e a chegada do verão é o momento em que os bares e restaurantes aproveitam para faturar. Nossa esperança era recuperar agora o prejuízo da quarentena, mas com essa nova medida não sabemos o que fazer”, diz.
Bruno adianta que a Abrasel/SE vai até a Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb) protocolar um projeto pedindo a autorização para uso das calçadas na parte externa dos bares. “Se a Emsurb autorizar o uso das calçadas podemos colocar as mesas em ambiente aberto e ampliaríamos a capacidade dos estabelecimentos”, diz.
Eventos
A cerimonialista Fabiana Torres acredita que além de não ter ficado claro quais eventos terão que ter o público reduzido, ela entende que o Governo precisa avaliar caso a caso. “Evento envolve muitas coisa, a exemplo, de congressos, aniversários, casamentos, shows, enfim, uma série de coisas que não ficou claro. Quem tem evento marcado agora em dezembro vai fazer o que com os convidados? Eu até acho que o Governo demorou a adotar medidas mais rígidas, mas a questão é não se pode generalizar como foi feito”, diz.
Fabiana explica que nos eventos que realiza estão sendo cumpridas todas as medidas sanitárias exigidas e não está havendo aglomeração. “ As pessoas usam máscaras nas igrejas, o número de convidados já está reduzido, medimos a temperatura, reduzimos a quantidade de pessoas por mesa, há bandas nas festas, mas não tem pista de dança, enfim, é feito um controle, o acesso é restrito, não é indiscriminado como em outros tipos de festas que acontecem, então, acredito que é preciso avaliar caso por caso e limitar onde precisa ser limitado”, enfatiza.
A Associação Brasileira de Produtores de Eventos em Sergipe (Abrape/SE) fará uma reunião para definir junto aos associados quais medidas adotar para se adequar as novas regras anunciadas pelo Governo do Estado.
Governo
O Governo do Estado informa que a decisão do Comitê Técnico-Científico ao restringir o público em bares, restaurantes, lanchonetes e eventos, é tentar diminuir a possibilidade de aglomeração nestes ambientes justamente neste período em virtude das chamadas festas de confraternização.
Por Karla Pinheiro
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