Governo de Sergipe pode atrair uma termoelétrica

Termoelétrica (Foto: Wikimedia/ASN)

No próximo dia 13 de dezembro, Sergipe participará do 2º Leilão de Energia A-5/2013, responsável pela contratação da eletricidade que abastecerá o mercado consumidor do país em 2018. Esta será a primeira vez que estado concorrerá a dois projetos, sendo estes: uma termoelétrica de Carvão (600 MW) e uma termoelétrica de Gás Natural (713 MW). Para estes projetos, o Governo de Sergipe, através da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia (Sedetec) e da Subsecretária de Desenvolvimento Energético, vem negociando há aproximadamente um ano com um forte grupo empresarial do Rio de Janeiro, dentro dos devidos sigilos que o assunto requer.

A expectativa é de que a termoelétrica de carvão seja implantada no município da Barra dos Coqueiros, com um investimento de R$ 1,2 bilhão, e a termelétrica de gás natural, será instalada no município de Laranjeiras, com um investimento de R$ 1 bilhão. O grupo em negociação com o Estado é composto por empresas que atuam na geração de energia elétrica, logística de combustíveis fósseis e alternativos, e contam com equipe de executivos da área de energia térmica.

Neste ano, no mês de maio, o governador Marcelo Déda recebeu, em audiência, executivos de uma empresa – que compõem o Grupo, que atua no Nordeste e em outras regiões do país. Eles apresentaram ao governador o projeto que criou a possibilidade de construir uma usina termelétrica a gás natural em Sergipe, dando início a negociações que possibilitarão a ampliação, ainda mais, da diversidade de matrizes energéticas existentes em Sergipe. Para o governador Marcelo Déda, esta iniciativa é um fator determinante para atração de novos empreendimentos industriais.

O secretário da Sedetec, Saumíneo Nascimento, ressalta que o Estado tem participação ativa no Fórum Nacional de Secretários de Assuntos de Energia. “A representatividade do Sergipe no Fórum é no sentido de contribuir para o aperfeiçoamento da política energética brasileira, articulando e fortalecendo a atuação das secretarias estaduais de energia, e estabelecendo canais de comunicação com o governo federal”, conta o secretário, ao destacar os esforços realizados pelo Governo para o desenvolvimento econômico do estado.

Energia sergipana

“Atualmente, Sergipe possui capacidade de produção superior a sua demanda, o que nos dá possibilidade de trabalhar esse fator aliado ao crescimento econômico, face à chegada de novos investimentos produtivos. A melhoria da renda da população sergipana, ampliação da oferta de crédito, combinada aos hábitos e costumes, proporciona maior acesso a bens de consumo duráveis de utilidade doméstica como televisores, máquinas de lavar, condicionadores de ar, computadores, microondas, dentre outros. A classe ‘C’ hoje – a que mais cresce, aumentou o seu consumo de energia”, explica Saumíneo, acrescentando que o setor industrial vem ampliando a sua capacidade instalada e também consumindo mais energia.

O grupo que está em negociação com Sergipe é responsável por desenvolver projetos vencedores nos leilões de A-3 de 2005 – UTE Brentech e A-3 de 2006 – UTE Muricy e UTE Camaçari, A-5 de 2007 – UTE Suape, tendo participação societária em todos os projetos. Além disso, o grupo fez parte do consórcio vencedor de 21 UTES nos Leilões A-3 e A-5 de 2008 e atua também no fornecimento de grupos geradores movidos à GN, HFO e Diesel, soluções energéticas com sistema alternativo de energia para indústrias, grandes centros comerciais, mineradoras e locação do tipo “BOT” e projetos especiais. Estas empresas participaram ainda da implantação de dezenas de usinas térmicas com potência instalada da ordem de 2.500 MW, com participação de mais de 47% nos projetos vencedores dos Leilões de Energia Nova Por Disponibilidade já realizados; e já desenvolveram projetos de implantação de plantas de Cogeração e Geração de energia elétrica.

Termelétrica

Uma usina termelétrica utiliza combustível fóssil, como petróleo, gás natural ou carvão, para gerar energia elétrica. Assim como na energia hidrelétrica, em que um gerador, impulsionado pela água, gira, transformando a energia potencial em energia elétrica, nas termelétricas a fonte de calor aquece uma caldeira com água gerando vapor d'água em alta pressão, e o vapor move as pás da turbina do gerador.

A vantagem de sua instalação é logística, já que podem ser construídas próximas a centros urbanos, diminuindo as linhas de transmissões e desperdiçando menos energia. Também são usinas que produzem uma quantidade constante de energia elétrica durante o ano inteiro, ao contrário das hidrelétricas, que têm a produção dependente do nível dos rios. No Brasil, as térmicas complementam a matriz energética de hidrelétricas, sendo ligadas apenas quando há necessidade (como em períodos de estiagem).

Leilão

Nesta edição, o leilão que é coordenado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), teve um total de 929 empreendimentos, perfazendo uma capacidade instalada também recorde de 35.067 megawatts (MW), e atingiu o maior número de empreendimentos cadastrados, desde que o Governo Federal passou a realizar leilões públicos para contratação de energia elétrica, em 2005. A elevação do consumo exprime, além da necessidade de ampliação da infraestrutura energética, o resultado do ciclo de crescimento econômico mais sustentado que o país experimentou desde a década de 1980.

Fonte: ASN

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