Lagarto terá usina de processamentos inédita no mundo

Enquanto algumas cidades brasileiras baseadas em uma Lei Federal querem retroceder no tempo com a pactuação de um Consorcio Público de Saneamento Básico, que entre outras determinações exige a construção de um aterramento sanitário, a cidade de Lagarto sai na frente e será vitrine em todo o planeta. É que uma parceria entre o Núcleo Tecno-Ambiental de Desenvolvimento de Tecnologia Industrial e a Prefeitura Municipal, na assinatura do contrato de compromisso para o fornecimento de resíduos deu início às obras da primeira usina aérea para o processamento de resíduos na geração de energia limpa do mundo.

Segundo o cronograma apresentado pela equipe de engenharia da obra, dentro de três de meses será entregue a primeira etapa, e em dezembro deste ano será finalmente concluída e inaugurada; já nos meses de janeiro e fevereiro de 2012 estará funcionando em caráter experimental.

O ato de assinatura que marcou esta parceria, firmado em um protocolo de intenções entre as duas instituições, foi realizado na manhã desta quinta-feira, 5, na sede das futuras instalações da usina, localizado no Povoado Itaperinha, com a presença do diretor do núcleo, Railton Lima, o prefeito Valmir Monteiro, secretários municipais, gerentes de agências bancárias, empresários, vereadores, lideranças comunitárias e políticas, engenheiros químicos, civis e ambientais, e a imprensa sergipana.

Com um investimento de R$ 5 milhões, provenientes da iniciativa privada, a partir do mês de janeiro, Lagarto irá lucrar com o lixo produzido, a exemplo de outras cidades brasileiras que implantaram a tecnologia desenvolvida pelo núcleo lagartense de tecnologia, com o objetivo de erradicar os lixões e gerar energia limpa. O processo é
simples: sem coleta seletiva, resíduos residenciais, industriais e urbanos são inseridos em um forno de carbonização, e a partir do carvão gerado, alimentará a termoelétrica instalada no mesmo local da construção da usina, e a partir daí poderá ser comercializada a energia.

O diretor do Núcleo Tecno-Ambiental, o engenheiro mecânico Railton Lima, explica que essa energia fabricada na usina de carbonização é de 2MW, a um preço mais barato do que é comercializada pelo ramo na atualidade e poderá suprir cidade com até 30 mil habitantes. “Essa tecnologia inédita implantada em Lagarto, que por ser aérea (sem contato do lixo ou do chorume com o solo), não agride de modo algum o lençol freático, e nem tampouco. Outra na mesma linha está em funcionamento em Unaí (MG) e mais uma está sendo edificada em Palhoça (SC), todas com o mesmo mecanismo de funcionamento”, acrescentou.

“Agradeço o apoio incondicional do prefeito Valmir Monteiro que teve a visão empreendedora de incentivar e autorizar a instalação dessa tecnologia desenvolvida pelo meu núcleo e que transformará Lagarto em cidade modelo quando se falar em soluções inteligentes para o meio ambiente, que terá capacidade de carbonizar cinco toneladas em cada hora das suas 24 que estarão em funcionamento”, disse Railton Lima.

O prefeito Valmir Monteiro vê na construção de uma usina desse porte em Lagarto uma alavancada no desenvolvimento social da cidade, principalmente na geração de empregos. “Outra questão importante é no fim do lixão que a cada dia cresce, com a inserção de 74 toneladas diariamente, provenientes da cidade. Desde o início da atual gestão, a minha equipe administrativa estava viabilizando a instalação dessa usina e hoje finalmente chegou o dia de plantarmos a pedra fundamental para a sua construção. Hoje, portanto, é um dia histórico para Lagarto.”, ressaltou, acrescentando ainda que a ideia de um aterro sanitário na cidade não é viável, visto que é um problema que irá crescer dia após dia, mas que nunca irá ser solucionado.

De acordo com as informações repassadas pelo núcleo de tecnologia, este mecanismo utilizado na usina foi desenvolvido através de três patentes registradas anteriormente, como o Raitec – recuperador de gases voláteis que seriam lançados na atmosfera no ato de sua aplicação, e o transforma em líquido para que possa ser reutilizado; a Máquina de Fabricação de Briquetes – o único equipamento que chega a fabricar até cinco toneladas/hora; e o Destilador Móvel de Material Sólido – que retém a fumaça dos fornos de carbonização e extrai, através da destilação, subprodutos muito valiosos para as indústrias como o alcatrão, a lignina, óleos vegetais e água ácida

Prêmio

É importante frisar que esta mesma usina de processamento de resíduos para energia, já em funcionamento na cidade mineira de Unaí, através do projeto Natureza Limpa, trará para o Estado de Sergipe um prêmio
inédito: o Greenbest 2011. Ele foi desenvolvido pelo núcleo de tecnologia ambiental Railton Faz, em parceria com a TJMC Empreendimentos e está entre os três finalistas para o prêmio de consumo e iniciativas sustentáveis com abrangência nacional e que elege os vencedores de diversas áreas e setores que investem na sustentabilidade por meio de votação popular e de um júri especializado. O projeto está concorrendo na categoria Júri Popular de Energia Limpa ao lado de projetos dos Estados do Rio Grande do Norte e de São Paulo.

Por Secom/PML /Portal RailtonFaz

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