No próximo dia 15 de junho, quinta-feira, as mulheres do Projeto Rede Solidária de Mulheres de Sergipe participarão do “1º Encontro de Gastronomia – Saberes e Sabores que Identificam o Sergipano”, promovido pelo Senac-Sergipe.
O evento ocorrerá a partir das 14h, e tem como objetivo a valorização e o apoio ao consumo de produtos da cadeia produtiva do estado, a exemplo das catadoras de mangaba e todo o processo de beneficiamento da fruta, que é utilizada para o preparo de geleias, licores, biscoitos, entre outros produtos.
O evento contará com a participação de escritores, pesquisadores e da Associação das Catadoras de Mangaba de Indiaroba (Ascamai), que é realizadora do Projeto Rede Solidária de Mulheres de Sergipe, em parceria com a Petrobras e com o apoio da Universidade Federal de Sergipe (UFS) e do Movimento de Catadoras de Mangaba de Sergipe (MCM).
Para Alicia Salvador, presidente da Ascamai, o encontro é uma oportunidade importante para apresentar o trabalho desenvolvido pelas catadoras e buscar reforçar a importância da mangaba para o desenvolvimento social, cultural e econômico do estado.
“A mangaba é uma fruta que traz várias possibilidades de produção. A cata da mangaba é a fonte de sobrevivência de muitas famílias há muitos anos, a exemplo da minha que passou esse conhecimento de geração para geração. Eventos como esse que o Senac está promovendo, são muito importantes para que mais pessoas discutam sobre a preservação e o fortalecimento do trabalho de tantas mulheres e de suas famílias”, afirmou Alícia Salvador.
O encontro atende três pontos previstos no Plano Diretor de Gastronomia (PDG), documento elaborado anualmente pelos Senacs de todo o Nordeste, e de acordo com a técnica em gastronomia e representante de Sergipe no Observatório do Patrimônio Gastronômico, Marta Moreira Aguiar, a expectativa é reunir cerca de 150 pessoas durante o evento, com a proposta de representar a gastronomia regional, através da troca de conhecimentos.
“Recentemente fomos convidadas pela Petrobras para conhecer o Projeto Rede Solidária de Mulheres, como é a atuação das catadoras de mangaba e das associações. Com isso, pensamos em maneiras para fortalecer e valorizar este trabalho tão importante que as mulheres desenvolvem. Então, pensamos no evento, convidando pessoas envolvidas na gastronomia sergipana e integrantes da Ascamai, para debatermos o cotidiano delas e a influência da fruta nos sabores sergipanos, falando sobre a identidade da nossa gastronomia e enaltecendo esse grande trabalho que a Rede Solidária de Mulheres desenvolve”, destacou.
Segundo Mirsa Barreto, coordenadora do Projeto Rede Solidária de Mulheres de Sergipe, a participação das mulheres em espaços de diálogo que possibilitam a valorização da fruta símbolo de Sergipe é uma forma de agregar mais aliados à luta pela preservação da mangaba.
“A luta pelo território e pela preservação das áreas das mangabeiras é antiga, mas fica cada vez mais difícil quando não lembrada ou falada publicamente. Sergipe tem cada vez menos áreas de mangaba e as famílias que sobrevivem da fruta estão sentindo na pele essa devastação ambiental e cultural do estado. Falar sobre isso é uma forma de, talvez, conseguir aliados para a preservação, o fortalecimento das mangabeiras e, quem sabe, a luta pela tão sonhada reserva extrativistas”, concluiu Mirsa Barreto.
Os interessados em participar do “Saberes e Sabores”, que acontecerá no auditório da unidade do Senac em Aracaju, podem se inscrever através do link: http://cursos.se.senac.br/curso/detalhe/101175/encontro-de-gastronomia:-%22saberes-e-sabores-que-identificam-o-sergipano%22
Fonte e foto: Projeto Rede Solidária de Mulheres
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