“O atravessador é necessário”, diz secretário de Estado da Agricultura

O Secretário da Agricultura,  José Macedo Sobral, mostrou o homem preparado para o cargo que o é, na visita que fez ao Forum Empresarial na última terça-feira, 2. Sem sequer passar uma vista d´olhos em anotações ou no Power-point que levou para a reunião, foi desfiando uma série de informações muitas das quais desconhecidas até dos empresários da área.

Ele disse, por exemplo, que Sergipe tem uma densidade rural muito grande e, talvez por isso mesmo, não tem grandes propriedades. “Mil tarefas já forma uma grande propriedade em Sergipe e são muito poucas por aqui. Já não temos áreas para desapropriar, daí porque a reforma agrária em Sergipe estancou. Não há terras para servir aquele propósito”.

Uma declaração polêmica: para ele o atravessador é necessário. “O que tem que acabar é a relação predatória. É preciso estabelecer uma relação justa com o produtor. O atravessador não deve, nem pode, querer ganhar uma fortuna às custas do produtor. Mas este precisa do atravessador para poder chegar aos grandes mercados”.

Cacau
Ele revelou que o Estado está fazendo experiências com o cacau no Sul do Estado. O que poderá ser uma nova fronteira para a agricultura sergipana. Mas ainda é cedo para incutir otimismo ou pessimismo com a nova cultura. As experiências estão sendo feitas em dez pontos e acompanhadas de perto pela Secretaria de Agricultura.

Para mostrar a importância do agronegócio, ele destacou que 36% das exportações de Sergipe vem da Agricultura e 37% do PIB é formado pelo agronegócio. Hoje, o milho tem mais importância econômica do que o açúcar, mesmo com as duas novas usinas de cana já em funcionamento.

Ele mostrou-se otimista com a produção de arroz e de laranja. No primeiro caso, a Agricultura comprou 300 toneladas de arroz C1 para incentivar a produção. No caso da laranja, a produção vai ser incentivada agora que a CONAB vai adquirir a laranja sergipana.

Mas, onde demonstrou otimismo e satisfação foi com a produção de leite. “Sergipe é o quinto produtor de leite do Nordeste, suplantamos Alagoas, por um bocadinho de nada, mas suplantamos”. Aqui em Sergipe, segundo ele, a média de produção é de 50 litros por produtor, enquanto em Alagoas esta média alcança os 300 litros.

No que se refere a inseminação artificial do gado, o Secretário mostrou-se inteiramente favorável, embora revelando que os resultados são pequenos, “apenas 6%”.

Por Ivan Valença

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