Petrobras quer evitar declínio de produção em Carmópolis

Chamados 'Cavalos de Pau', equipamentos são os principais responsáveis pela exploração do óleo do solo (Fotos:Ícaro Novaes/Portal Infonet) 

Prestes a completar 54 anos de existência, o campo terrestre da Petrobras em Carmópolis, na região do Vale do Cotinguiba em Sergipe, continua figurando como a maior reserva de óleo do Brasil – e também de reservas originais, que ainda não foram exploradas. Segundo a Companhia, são 165 milhões de barris de óleo em reserva, e bacias com outros 1,76 bilhão de barris a serem explorados na região.

Atualmente, 1.056 poços de perfuração estão em atividade, abrangendo uma área de 170 km², e envolvendo também os municípios General Maynard, Rosário do Catete, Maruim, Japaratuba e Santo Amaro das Brotas. De acordo com Nilo Duarte, gerente executivo de Terras e Águas Rasas da Petrobras, o campo emprega diretamente mil funcionários, e outros cinco mil em condição terceirizada – e esse número varia em época de obras.

Durante mais de meia década de produção, a Petrobras calcula uma produção acumulada de 387 milhões de barris de óleo, além de 14,73 milhões de barris de gás – outra atividade desenvolvida no polo sergipano. Os números atuais, no entanto, representam uma média de 22% de recuperação do recurso disponível no subsolo da região, que segundo a Petrobras, é um porcentual positivo se comparado a outros campos terrestres com idade semelhante.

Nilo diz que campo ainda é o maior em reservatório do país

O currículo de produção do campo, entretanto, não é o bastante para mantê-lo economicamente viável para a Companhia. Hoje, a unidade da região do Vale de Cotinguiba, apesar de ser a maior do Brasil, está numa fase chamada de ‘maduro’. O termo é atribuído aos campos mais antigos e que começam a apresentar declínio nos índices de produção, que aliados aos custos decorrentes da extração do óleo e gás, podem desencadear em um cenário econômico desvantajoso para a empresa.

Em visita de campo com a participação da imprensa nesta terça-feira, 30, Nilo Duarte explicou que a estatal vem investindo para manter o nível de produção a fim de evitar declínio na extração de barris diários. “Os últimos dois anos foram de grandes projetos de injeção de água nos campos de Carmópolis e Siririzinho, e a gente vai dar continuidade com esses investimentos no próximo triênio [2017-19]”, afirmou. O uso da água é o meio de investimento da Companhia para reestimular os índices de produção – que é o assunto da próxima reportagem do Portal Infonet.

Por Ícaro Novaes e Verlane Estácio

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