Trabalhadores da Petrobras e centrais sindicais estão mobilizados nesta sexta-feira, 14, em frente da sede da estatal em Aracaju, na Rua do Acre. O ato faz parte da agenda de mobilização nacional dos trabalhadores da Petrobras, em greve há 13 dias.
O objetivo do ato é chamar a atenção da população a cerca da necessidade de sair em defesa da Petrobras, expor os motivos da greve, além da mobilização dos próprios funcionários a aderir ao movimento grevista.
“É preciso que a população saia em defesa contra o desmonte e privatização da Petrobras. A sede está esvaziada, os trabalhadores terceirizados estão sendo demitidos, Sergipe e Alagoas somam 800 funcionários próprios da estatal que já estão sendo transferidos. O Governo está não só vendendo as refinarias, mas acabando com a Petrobras no Nordeste”, afirma Gilvani Santos, diretora do Sindicato Unificado dos Trabalhadores Petroleiros, Petroquímicos, Químicos e Plásticos nos Estados de Alagoas e Sergipe (Sindipetro AL/SE).
Em março a Petrobras encerra as atividades em Sergipe e em toda região do Nordeste. De acordo com Gilvani, além das demissões dos terceirizados, o fechamento da empresa já reflete negativamente na economia do estado.
“Essa política de privatização entregando a Petrobras no Nordeste não gera só o desemprego dos trabalhadores petroleiros, gera também desempregos indiretos. Ao redor mesmo da sede em Aracaju vários estabelecimentos estão sendo afetados, muitos restaurantes estão sendo fechados, o estado perde impostos e serviços, então a população deve saber os prejuízos que isso vai causar”, diz.
A diretora afirma que com o fechamento da Petrobras no Nordeste não haverá desabastecimento de combustível, porém os preços serão elevados e a população é quem vai pagar a conta.
“O gás de cozinha poderia estar sendo vendido a R$ 40 reais, a gasolina a R$ 1,30 o litro, e esses preços não estão sendo praticados por conta desse processo de privatização que só tende a aumentar o preço dos alimentos, além do preço do derivados do petróleo. A intenção do Governo é transformar o Brasil em exportador de óleo cru, desmontar refinarias e importar derivados do petróleo. Essa é um impacto muito grande, é uma perda de soberania nacional. É colocar o tralhador em condição de desemprego, ter menos investimento para o serviço púbico e ter mais precariedade”, ressalta Gilvani.
Neste sábado, 15, os trabalhadores da Petrobras estarão concentrados no Calçadão da João Pessoa, no Centro da cidade, conversando com a população.
Petrobras
A Petrobras informa que as unidades seguem operando em condições adequadas de segurança, com equipes de contingência formadas por empregados que não aderiram à greve e contratações temporárias autorizadas pela Justiça. Não há impacto na produção até o momento.
A Petrobras está realizando o desconto dos dias não trabalhados dos empregados que aderiram ao movimento grevista. O desconto será realizado porque não houve a contraprestação do serviço, ou seja, os empregados não realizaram o trabalho para o qual são contratados.
A companhia também está contratando empresas com experiência na operação e manutenção de unidades de produção de petróleo e gás offshore, para suprimento de mão de obra especializada e certificada para atuar em suas plataformas próprias enquanto durar o movimento grevista.
Por Karla Pinheiro
*A matéria foi alterada às 16h32 do dia 14/02 para acréscimo de nota da Petrobras
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