Plataformas em SE podem ser fechadas ou privatizadas

Petrobras ainda tenta obter licenças ambientais necessários ao funcionamento de plataformas (Fotos: Portal Infonet)

As plataformas da Petrobras que operam em Sergipe continuam correndo o risco de serem fechadas caso a empresa não consiga as licenças ambientais necessárias para regularização de suas deficiências.  O fato se arrasta desde junho de 2011, quando se esgotou o prazo dado pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) para que deficiências encontradas pelo órgão fossem sanadas.

Segundo informações do gerente-geral da Petrobras, Eugenio Desen, a empresa ainda tenta obter a licença ambiental junto ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovávei (Ibama). “Já solicitamos estudos ambientais, planos de contingência e planos de emergências. Pensamos que até o final deste ano, nós devemos obter a licença para justamente poder reativar esta área de plataformas de água rasa”, explica.

De acordo com Eugênio Desen, caso a licença não seja concedida, as plataformas serão fechadas ou vendidas para quem possa operar com custos mais baixos. “São 25 plataformas com situação cada vez mais crítica. Elas produzem apenas 3.200 barris de petróleo pro dia e isso não paga a estrutura operacional que nós temos para manter as plataformas em segurança e com a produtividade necessária. Para Petrobras, isso está se tornando inviável”, ressalta.

Gerente-geral da Petrobras, Eugênio Desen

Produção

Apesar de especialistas do setor terem anunciado a possibilidade de uma  queda na produção anual de petróleo no Brasil, Eugênio Desen destaca que produção em Sergipe tem se mantido estável, girando em torno de 50 mil barris de petróleo/dia.

“Na região de Carmópolis, Riachuelo, Rosário do Catete e Japaratuba temos vários obras em andamento. São projetos de implantação que a partir de 2013, devem começar a dar resultados. Teremos um acréscimo na produção, um alongamento da vida desses campos terrestres e um up grade nestas áreas, pois os projetos farão com quem a produção seja viável até o ano de 2040”, detalha.

Sobre a produção em águas profundas, Desen afirma que as descobertas recentes ampliarão a produção. “Estas descobertas irão viabilizar e ampliar a exploração de petróleo no estado. Entre 2011 e 2012, já descobrimos quatro áreas que já estão sendo perfuradas com navios sonda. Até meados de 2013, devemos anunciar novas descobertas, logicamente que para colocá-las em produção existe um tempo que varia de quatro a seis anos”, conta.

José Eduardo Dutra fala dos investimentos em Sergipe

Investimentos

O diretor Corporativo e de Serviços da Petrobras, José Eduardo Dutra, completa dizendo que estas novas descobertas em águas profundas traduzem os investimentos da empresa em Sergipe. “Ainda não se tem uma avaliação de volume, mas as primeiras perspectivas são bastante promissoras. Acreditamos que a partir da perfuração de novos poços teremos uma definição melhor do volume de óleo recuperável”, garante.

Ibama

Entramos em contato com o superintendente do Ibama, Manoel Rezende, que afirmou que somente o diretor da Unidade de Licenciamento Avançado de Sergipe, Edmilson Maturana, poderia falar sobre o assunto. Este por sua vez, se negou a falar com a reportagem, mas alegou por meio de sua secretária, que a assessoria de Comunicação do órgão em Brasília, era a mais indicada para esclarecer as informações. Também tentamos contato com Ascom, mas não obtivemos êxito.

Por Verlane Estácio e Raquel Almeida

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