Preço do feijão cai e volta a agradar consumidores

Os consumidores que forem em busca de feijão no Mercado Municipal Antônio Franco, no centro de Aracaju, encontrarão o produto por um preço mais em conta. O feijão que até o mês passado chegou a custar R$9,00 agora é encontrado com facilidade por R$5,00.

A mudança de valores acontece com frequência e grande parte dos consumidores afirmam que o preço do feijão é algo imprevisível, assim como afirma a doméstica Maria Santos. “A gente vem aqui hoje e amanhã já está por outro preço. Eles explicam que quando o feijão vem de longe fica mais caro mas, temos que comprar de qualquer jeito”, diz ela.

A comerciante Cristina Silva trabalha no mercado e explica que a mudança de valores pode trazer consequências ruins quando os vendedores possuem muito feijão guardado. Rivaldo Evangelista também trabalha no mercado e afirma que o valor vem diminuindo há cerca de 15 dias, sendo possível encontrar o saco com 60 quilos por até R$100 reais a menos. “Peguei um pouco de prejuízo porque tinha seis sacos guardados e tive que baixar o preço para poder vender, mas isso faz parte do comércio. Agora estamos na safra que vem do Paraná e o preço reduziu por isso, mas se no próximo mês a safra for de um lugar diferente o valor muda de novo”, explica Rivaldo.

Segundo o economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio Econômico (DIEESE), Luis Moura, a variação frequente no preço do feijão, assim como em outros produtos agrícolas, é uma questão de abastecimento. Ele explica que no mercado municipal há uma resposta imediata pelo fato do comerciante comprar por estoque, sendo bem provável que o preço ainda não tenha diminuído nos supermercados da cidade. “Recomendo que o consumidor procure o mercado por estar mais em conta e aproveite o valor observando a qualidade do produto”, orienta Luis Moura.

Pesquisa

O preço médio do feijão subiu em 17 capitais em março de 2019. O tipo carioquinha, pesquisado nas regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste, em Belo Horizonte e São Paulo, só não apresentou aumento em Campo Grande (-10,92%). Destacam-se as elevações em Brasília (102,13%), Belém (26,55%) e São Luís (17,55%). Já o feijão-preto, pesquisado nas capitais do Sul, em Vitória e no Rio de Janeiro, apresentou elevação de valor entre 6,94%, em Porto Alegre, e 19,84%, em Curitiba. Em 12 meses, o preço médio do grão carioquinha acumulou alta acima de 100%, em todas as capitais: as taxas variaram entre 112,84%, em Aracaju, e 191,44%, em Belém.

por Juliana Melo e Raquel Almeida