Presidente da Deso diz não ter como pagar o 13º salário

Carlos Melo alerta comissão de que não tem dinheiro para pagar 13º (Fotos: Portal Infonet)

“A Deso está inviabilizada hoje. Se a gente quer chegar lá, tem que se trabalhar para que isso aconteça, não pode é dar um passo hoje e no ano que vem não ter como pagar os salários. Eu não tenho como pagar o décimo porque os bancos não estão dando empréstimos, as prefeituras não estão pagando os salários e não estão pagando água”.

A constatação foi feita na manhã desta terça-feira, 10, pelo presidente da Companhia de Saneamento de Sergipe, Carlos Melo [durante a 2ª rodada de negociações sobre o Acordo Coletivo 2015/2016] com integrantes da Comissão de Concursados e do Sindicato dos Servidores (Sindisan).

Segundo Carlos Melo, a Deso está trabalhando com um déficit de 10% ao mês. “Aqui se gasta o que arrecada e não sei como pagar o décimo dos servidores. Onde se tem gorduras pra cortar?”, repete indagando e acrescentando ser normal um funcionário antigo receber mais do que quem entrou há pouco tempo.

Concursados aguardando na porta da Sala da Presidência

“É melhor deixar as coisas claras, pois as pessoas pegam as informações e divulgam por bem e por mal. Quem entrou na Deso há 30 anos, tem um salário bom, mas expõem uma situação de que ganha um salário acima, mas ele entrou há 30 anos é lógico que o salário está à frente.

Negociações

Do lado de dentro da Sala da Presidência, o presidente do Sindisan, Sérgio Passos, quase não falou ao tempo em que a reportagem do Portal Infonet permaneceu, tendo que se retirar à pedido do presidente Carlos Melo, que não permitiu mais a presença da imprensa. E os integrantes da Comissão de Concursados destacaram que as “distorções provocam a inviabilização da Deso”.

Samírinys Alves: "Regime de trabalho é diferenciado"

E do lado de fora, dezenas de servidores concursados se aglomeravam na porta da Sala da Presidência, aguardando os resultados.

“Essa é a segunda rodada do Acordo Coletivo 2015/2016. O primeiro concurso que teve foi há 11 anos e quando os aprovados entraram, viram que o regime de trabalho era diferenciado para os que já os que já estavam e os que adentraram no serviço público. De 2003 pra cá é uma luta constante à cada ano, à cada acordo coletivo são negociados os direitos igualitários pra todos, mas não tivemos avanços. O ponto chave desse ano é finalizar essas igualdades, a gente fala da isonomia, da igualdade na jornada de trabalho, da redução do custo com as horas extras”, explica Samírinys Alves Pereira, lembrando que são 860 concursados na luta.

Por Aldaci de Souza

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