
A produção agrícola sergipana em 2024 registrou um aumento de 21,32% no valor de produção em relação a 2023, passando de R$2,4 bilhões para R$ 2,9 bilhões. Diferente da produção sergipana, no Brasil, o valor total das principais culturas obteve retração nominal de 3,9% em comparação com o ano anterior. Os dados são da Produção Agrícola Municipal (PAM), divulgados pelo IBGE nesta quinta-feira, 11.
O milho, que continua sendo o produto com maior valor produção no estado, passou de R$1,02 bilhão para R$1,06 bilhão, sendo cultivado em 68 dos 75 municípios sergipanos. Os municípios com maior valor de produção dessa cultura foram Carira, Simão Dias e Poço Verde. Em relação à produção nacional, soja e milho, que juntas representam quase 88,7% da produção de grãos, foram as mais afetadas pelas adversidades climáticas e queda de preços, levando a uma redução de 17,8% no valor gerado por esse grupo.
O segundo maior valor de produção em 2024 foi para a cultura da laranja, que apresentou uma alta significativa em relação a 2023, passando de R$ 368,7 milhões para R$ 718,6 milhões – um aumento percentual de 94,92%. Dos 22 municípios que cultivam a laranja, os três maiores produtores foram Cristinápolis, Salgado e Lagarto.
Já a cana-de-açúcar, com terceiro maior valor de produção, também apresentou aumento de 2023 para 2024, passando de R$ 253 milhões para R$ 309, um aumento de 22%. Os municípios com maior valor de produção foram Laranjeiras, Capela, Japaratuba.
Outra cultura com elevação significativa em 2024 foi o coco-da-baía, que teve o quarto maior valor de produção – subindo duas posições em relação ao ano de 2023. Enquanto que em 2023 o valor de produção foi de R$124,6 milhões, em 2024 foi de R$175,1 milhões – um aumento de 40,59%. Os municípios que se destacaram foram Neópolis, Estância e Pacatuba.
Produção nacional
O fenômeno El Niño em 2024 causou uma estiagem prolongada severa em regiões como Centro-Norte, Sudeste e parte do Paraná, afetando negativamente a produtividade das culturas de verão. Soja e milho, em particular, sofreram quedas de 5,0% e 12,9% na produção, respectivamente, e a retração de seus preços impactou o valor de produção agrícola.
A Região Sudeste registrou o maior valor de produção agrícola em 2024, com R$ 230,2 bilhões, um crescimento de 9,5%, superando, assim a Região Centro-Oeste, que vinha ocupando a 1ª posição nos últimos anos. A região Sudeste se destaca na produção de cana-de-açúcar, café e laranja, produtos que apresentaram aumento no valor de produção anual.
Mato Grosso manteve a primeira posição no ranking de valor de produção agrícola entre as Unidades da Federação em 2024, mesmo com uma retração de 21,3% no valor total devido à queda na produção e cotação de soja e milho. Sua participação nacional foi de 15,4%. São Paulo, com o aumento no valor de produção do café e da laranja, se aproximou ainda mais do Mato Grosso. Rio Grande do Sul apresentou recuperação, principalmente na produção de soja e arroz, e saltou para 4º, enquanto o Paraná, com perdas significativas na produção de grãos, caiu para 5ª colocação.
Fonte: IBGE