Redução na operação de sondas provoca demissão em massa na Petrobras

Empresa tem reduzido operação no campo (Foto: ilustrativa/arquivo Portal Infonet)

O mês de maio foi de demissão para centenas de trabalhadores terceirizados no campo terrestre da Petrobras, em Carmópolis. Segundo o Sindicato Unificado dos Trabalhadores Petroleiros (Sindipetro-SE/AL), uma das empresas que atua na operação de nove sondas, acabou tendo suas atividades reduzidas e até julho, a previsão da entidade é de que 500 trabalhadores percam seus postos de trabalho.

Conforme o Sindipetro, durante o mês de maio quatro sondas já foram paralisadas, e em julho outras também entrarão nesse rol de hibernação. “Essas paradas têm relação com o plano de desinvestimento da Petrobras. Atualmente três empresas operam as sondas, e a maior delas é justamente essa que está sendo reduzida.”, explica Gilvani Alves, do Sindipetro.

A sindicalista explica ainda que apesar das reduções na operação de sondas, o processo geral de hibernação está suspenso até dezembro, ou seja, a Petrobras deve manter algumas sondas ativas.

Em abril, a Petrobras também anunciou processo de hibernação das plataformas em águas rasas no litoral de Sergipe e Alagoas, ação desencadeada pela crise do petróleo.

Por meio de nota, a Petrobras justificou as medidas. “Em linha com as medidas de proteção do caixa da companhia adotadas até o momento, buscando preservar a sustentabilidade da empresa, a Petrobras decidiu pela redução de sua frota contratada de sondas terrestres de produção para operação em campos maduros nos estados da Bahia, Sergipe, Rio Grande do Norte e Espírito Santo. De um total de 48 sondas, serão encerrados os contratos de 19 sondas associadas a atividades que não apresentam viabilidade econômica devido aos baixos preços de petróleo. A interrupção antecipada está prevista em contrato. As comunicações às empresas prestadoras do serviço tiveram início em 23/04. A medida não afeta os processos de desinvestimento em curso para os campos terrestres.

A Petrobras segue avaliando permanentemente os resultados econômicos de seus ativos, que têm que se demonstrar rentáveis diante do novo cenário de preços baixos de petróleo. São esses resultados econômicos que determinam a decisão de adequar o nível de atividades operacionais nos campos de produção.”

Por Ícaro Novaes

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