SE: Índice de Desenvolvimento Humano cresce 63%

Índice de Desenvolvimento Humano de Sergipe cresce quase 63% (Foto: ASN)

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou na última terça-feira, 25, os números do Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil. O estudo, realizado em parceria com o Programa das Nações Unidas pelo Desenvolvimento (Pnud) e pela Fundação João Pinheiro, aponta que o crescimento do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) de Sergipe foi de 0,665, situado numa faixa de desenvolvimento médio, quando em 1991 esse índice era baixo, de 0,408.

A evolução do IDHM do estado de Sergipe de 1991 a 2010 passou de 0,408 para 0,665, enquanto o Índice do Brasil passou de 0,493 para 0,727. Isso implica em uma taxa de crescimento de 62,99% para o estado e 47% para o país, bem como uma taxa de redução do hiato de desenvolvimento humano de 56,59% para Sergipe e 53,85% para o Brasil. No ranking do IDHM do Nordeste, Sergipe ocupa a 4º melhor posição da região, ficando atrás apenas do estado de Pernambuco (0,673), Ceará (0,682) e Rio Grande do Norte (0,684).

“O IDHM avalia três das mais importantes dimensões do desenvolvimento humano, a oportunidade de viver uma vida longa e saudável, de ter acesso ao conhecimento e ter um padrão de vida que garanta as necessidades básicas: saúde, educação e renda”, explica o secretário Saumíneo Nascimento, do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia (Sedetec).

O índice varia de 0 a 1, onde o mais próximo de 1, representa o maior desenvolvimento. Em Sergipe, a dimensão que mais contribuiu para o crescimento do IDHM em 2010 foi a longevidade, com índice de 0,781, seguida de renda, com índice de 0,672, e de educação, com índice de 0,560.

O secretário Saumíneo Nascimento destaca que tem a orientação do governador Jackson Barreto tem sido essencial para o desenvolvimento do estado. “O governador nos orienta para que os investimentos produtivos, que estão chegando a Sergipe, sejam direcionados aos diversos municípios sergipanos, especialmente para aqueles mais carentes de oferta de emprego, visando melhorar a renda dos sergipanos. Além disso, todas as ações desenvolvidas pelo Governo do Estado e com os governos municipais auxiliaram na melhoria do IDHM dos municípios sergipanos”, acrescenta.

No estado, a dimensão cujo índice mais cresceu em termos absolutos foi educação (com crescimento de 0,349), seguida por longevidade e renda. No Brasil, a dimensão apresentada foi a mesma, com maior crescimento absoluto da educação, seguida por longevidade e renda. “No quesito educação, os diversos investimentos e ações do Governo do Estado foram importantes para que esta variável do Desenvolvimento Humano evoluísse bem. Este é um forte avanço da inclusão pela educação”, afirma o secretário.

Educação

Proporções de crianças e jovens frequentando ou tendo completado determinados ciclos indica a situação da educação entre a população em idade escolar do estado e compõe o IDHM Educação. O índice de Sergipe se destaca no crescimento da categoria de criança de 5 a 6 anos que frequentam a escola, que em 1991 era de 45,08% da população e em 2010 apresentou 94,63%. Na porcentagem de jovens entre 18 a 20 anos com ensino superior médio no estado, em 1991 a representatividade era de 7,23% e em 2010 esse número passou para 30,55%.

Longevidade

A longevidade é analisada pela esperança de vida ao nascer. Neste quesito, Sergipe apresentou em 1991 a expectativa de 59,83 anos, passando em 2010 para 71,84 anos. Quanto à renda per capita, o estado teve em 1991 uma renda média de R$ 247,78 e passou, em 2010, a uma renda de R$ 523,53.

No âmbito da longevidade, mortalidade e fecundidade, o estado de Sergipe alcançou os melhores resultados para o crescimento do IDHM. A mortalidade infantil (mortalidade de crianças com menos de um ano de idade) em Sergipe passou de 65,8 por mil nascidos vivos, em 1991, para 22,2 por mil nascidos vivos em 2010. A taxa de mortalidade era de 44,7 por mil nascidos vivos para 16,7 por mil nascidos vivos. Já o Brasil cumpre uma das metas dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio das Nações Unidas, segundo a qual a mortalidade infantil no país deve estar abaixo de 17,9 óbitos por mil em 2015.

A esperança de vida ao nascer é o indicador utilizado para compor a dimensão Longevidade do IDHM. No estado, a esperança de vida ao nascer cresceu de 59,8 anos, em 1991, para 71,8 anos, em 2010. No Brasil, a esperança de vida ao nascer é de 73,9 anos, em 2010, de 68,6 anos, em 2000, e de 64,7 anos em 1991.

Renda

A renda per capita média de Sergipe cresceu 111,29% nas últimas duas décadas, passando de R$ 247,78, em 1991, para R$ 326,67, em 2000, e para R$ 523,53, em 2010. A taxa média anual de crescimento foi de 60,26%, entre 2000 e 2010. A proporção de pessoas pobres, ou seja, com renda domiciliar per capita inferior a R$ 140,00 (a preços de agosto de 2010), passou de 59,34%, em 1991, para 48,84%, em 2000, e para 27,89%, em 2010.
A evolução da desigualdade de renda nesses dois períodos pode ser descrita através do Índice de Gini (instrumento usado para medir o grau de concentração de renda, que aponta a diferença entre os rendimentos dos mais pobres e dos mais ricos), que passou de 0,63, em 1991, para 0,65, em 2000, e para 0,62, em 2010.

Nos indicadores relacionados à habitação, o estado de Sergipe apresentou em 1991 uma porcentagem de 58,76% da população em domicílios com água encanada; e em 2010 esse número aumentou para 89,13%. A população em domicílios com energia elétrica era de 79,77%, em 1991, e passou para 99,18%. Na população urbana, a coleta de lixo abrangia 72,76% do estado em 1991 e passou a 97,14%. E na condição de moradia, a porcentagem da população em domicílios com banheiro e água encanada passou de 53,68% (1991) para 82,24%.

Municípios

“É importante ressaltar que a partir destes novos dados apresentados do IDHM, referente ao ano de 2010, o estado de Sergipe passou a ter um município com IDHM alto, que foi Aracaju, com 0,770, em 1991 o resultado era de 0,545 – IDH baixo. Em 1991, dos 75 municípios sergipanos, 74 possuíam o status do IDHM muito baixo e com os dados de 2010, além do avanço da capital, outros 31 municípios passaram ao status do IDH médio e 43 baixo. Hoje podemos comemorar, pois não temos nenhum município sergipano com IDH muito baixo”, destaca o secretário Saumíneo.

Na capital, o que mais contribuiu para o aumento do IDH foi a longevidade apresentada em 2010, que passou de 63,33 anos em 1991 para 74,36 anos. A evolução do IDH entre os anos de 1991 a 2010 passou de 0,545 para 0,770, implicando numa taxa de crescimento de 41,28%. Em termos absolutos, o índice de Aracaju apresentou o crescimento maior na educação, com crescimento de 0,329, seguida por longevidade e por renda.

Fonte: ASN

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