Demissões no Senac preocupam sindicato (Foto: arquivo Portal Infonet) |
O Sindicato dos Empregados em Entidades Culturais, Recreativas, de Assistência Social, de Orientação e Formação Profissional em Sergipe (SENALBA/SE) continua preocupado com a possibilidade de novas demissões no Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac). No mês de agosto, foram dispensadas 74 pessoas, mas de acordo com os sindicalistas, de janeiro até agora, já passa de 300 o número total de demissões. Já a direção do Senac diz que os dados relativos ao ano inteiro fornecidos pelos sindicalistas não são verdadeiros.
A presidente do Senalba/SE, Maria de Fátima Andrade, explica que de janeiro até agora, foram registradas pelo sindicato 240 demissões. A este número, segundo a presidente, somam-se outras 105 dispensas, das quais 74 teriam acontecido no dia 12 de agosto e as demais ao longo das últimas semanas.
A instituição já havia informado que as demissões se devem ao atual cenário econômico, justificativa que para Maria de Fátima não é válida. “O Senac não está em crise. O Sesc, sim, está numa situação difícil. Eles demitem porque querem demitir. Acredito que porque querem terceirizar. Espero que haja bom senso e que essas demissões recuem”, opina a sindicalista.
Senac
A assessoria de comunicação do Senac afirmou que o número de demissões informado pelo Senalba não é verdadeiro, e que o corte de funcionários ocorreu somente no mês de agosto, quando 74 pessoas foram dispensadas. A assessoria também não reconhece número de demissões registradas ao longo do ano e citadas pelo Senalba, porém, explica que houve o encerramento de contratos de alguns professores instrutores, o que seria natural, quando falta demanda para o curso para o qual o profissional foi contratado.
O diretor do Senac, Paulo do Eirado, também conversou com a equipe de reportagem do Portal Infonet e reafirmou que desconhece os números informados pelo Senalba e que não houve novas demissões desde aquelas registradas em agosto. As únicas demissões, segundo o diretor, ocorreram com os profissionais contratados por prazo determinado, justamente porque houve uma significativa queda na demanda, em especial as matrículas em programas do Governo Federal. “São medidas para a gestão responsável do Senac, para manter as contas certas, medidas necessárias à preservação da instituição”, ressalta.
Por Verlane Estácio
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