Sergipanos pretendem usar o 13º em compras

O movimento no comércio de Aracaju já é intenso
Assim como vem acontecendo com os trabalhadores em todo o país, os sergipanos parecem alheios à crise financeira internacional e garantem  gastar o 13º salário em compras, muitas compras.  Há os que pretendem utilizar o dinheiro extra para pagamento de dívidas e com matrículas e  materiais escolares. E ainda os que vão reformar a casa ou viajar.

São poucos os que garantem guardar parte do 13º pensando  nas contas comuns ao início de cada ano, a exemplo de Imposto Predial  Territorial Urbano(IPTU) e Imposto Para Veículos Automotores(IPVA).

Economistas acreditam que, como o chamado abono natalino é um valor relativamente pequeno e com a tendência de consumidores que possuem predisposição às compras, fica difícil fazer planejamento nesta época do ano, mesmo por conta de uma crise internacional. 

“Em períodos de Natal e Reveillon, não tem como se livrar de gastos como ceias, presentes, viagens, além do chamado consumo têxtil, a exemplo de roupas e calçados”, entende o professor do Departamento de Economia da Universidade Federal de Sergipe, Rosalvo Ferreira dos Santos.

De acordo com ele, de certa forma os brasileiros, não foram atingidos pela crise internacional. “As pessoas se mantiveram nos empregos. A crise pode atingir, no entanto, alguns segmentos a exemplo da construção civil e de automóveis”, ressalta.

Duplo papel

Para o economista, em geral o 13º possui duplo papel: o primeiro, em resolver dívidas acumuladas ao longo do ano e o segundo, que o nível de consumo tende a crescer no período. “As dívidas podem reduzir, mas também podem somar e o consumo aumenta principalmente nos setores de alimentos como panetones, importados e vinhos”, informa.

Consumidores garantem usar o 13º principalmente na compra de roupas
Vendas em alta

Para a alegria dos comerciantes sergipanos, o movimento no comércio de Aracaju e nos dois shoppings da cidade já é grande por conta das festas de final de ano.  As compras à prazo estão em alta. São parcelas em até dez vezes, o que costuma atrair os mais consumistas.

De acordo com o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas(CDL) Samuel Schuster, a crise internacional poderá afetar apenas alguns setores de produtos importados.

“Nós estamos apostando em um crescimento de 10% a 20% no volume de vendas. Alguns produtos importados é que poderão faltar nas lojas, mas de um modo geral, o consumo não tende a cair por conta dessa crise”, afirma Schsuter.

Confiança no emprego

Muita gente está comprando nos cartões de crédito, acreditando que se manterá no emprego pelo menos nos próximos seis ou 12 meses. “Se a gente for 
pensar em desemprego, não vive. A idéia é investir o décimo em tudo 
que estiver precisando. Com fé em Deus, continuarei empregada para 
pagar minha máquina de lavar”, afirma  a doméstica Maria da Conceição Dantas.

Na ponta do lápis   

Para as pessoas que não vivem sem planejar o orçamento e ganham acima de dois ou três salários mínimos, a idéia é usar a primeira parcela do 13º(que deverá ser paga até o dia 28 de novembro).  E guardar pelo menos uma parte da segunda parcela, paga até 30 de dezembro, para as contas comuns ao início de ano, como matrículas e impostos.

“O planejamento depende muito do comportamento coletivo. O Brasil não possui esse costume de poupança como em outros países”, enfatiza o economista da UFS.

Por Aldaci de Souza

 

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