Sindifisco: auditores cruzam os braços

Paralisação é de 24h (Fotos: Portal Infonet)

Nesta segunda-feira, 30, auditores fiscais estão mobilizados em frente a Central de Atendimento ao Contribuinte (Ceac) da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz) para chamar a atenção do governo quanto a pauta de reivindicação da categoria que inclui incorporação da produtividade ao salário base, reajuste igual a inflação acumulada dos últimos 12 meses, além de condições adequadas de trabalho. A paralisação é de 24h e nesta terça-feira, 31, a categoria volta aos trabalhos. No Estado são 700 servidores da ativa e 300 aposentados.

De acordo com o presidente do Sindicato do Fisco do Estado de Sergipe (Sindifisco), Alberto Garcez, todas as tentativas de negociação com o governo foram frustradas. “É uma pena que tenhamos chegado a esse ponto, a paralisação é o último recurso, mas estamos há três anos tentando negociar a pauta e nada acontece, parece que o governo faz pouco dos auditores do fisco”, lamenta Garcez.

Auditores de braços cruzados

Sobre a impossibilidade de pagamento para os auditores, o sindicalista contesta. “O governo diz que a receita vem caindo, o que

não é verdade. A receita subiu mais de 20% de participação. O aumento linear correspondeu apenas há 11 meses da inflação e algumas categorias que ameaçaram paralisar as atividades foram contempladas e outras foi oferecido um percentual de reajuste acima do linear, mas o fisco vem desde 2007 tentando negociar e nada”, observa.

Alberto Garcez lembrou que as condições de trabalho não favorecem os auditores e ressaltou que o trabalho no posto fiscal de Neópolis fica prejudicado. “Ali passa carreta de álcool, bebida, açúcar e o Estado esta deixando de arrecadar, as fronteiras estão abertas para o contrabando. As pessoas podem achar que o fisco ganha bem, mas quem diz isso não sabe a importância da fiscalização dos auditores”, diz o presidente do Sindifisco que garante que a paralisação interrompeu todos os serviços.

Garcez lamenta falta de negociação com o governo

Conforme já publicado na última sexta-feira, 28, a Sefaz garantiu que o atendimento com o

fechamento do posto fiscal de Neópolis não foi prejudicado. A informação é que uma equipe de comando continua atuando na área.

O secretário de Articulação com Movimentos Sociais, Chico Buchinho, também foi procurado, mas não tivemos êxito no contato por telefone.

Por Kátia Susanna

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