A Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH-SE) tem manifestado preocupação com a malha área em Sergipe. Uma das razões para esse receio foi o cancelamento da oferta de voos diretos para Salvador. O anúncio foi feito pela GOL há uma semana. Os voos entre as duas capitais deixarão de operar a partir deste sábado, 25 de março. Conforme a empresa, a medida tem relação com a adequação da sua malha aérea e tem como objetivo equilibrar a oferta de voos.
Diante desse panorama, o presidente da ABIH-SE, Antônio Carlos Franco Sobrinho, manifestou preocupação com uma possível redução da oferta de voos para o Estado. De acordo com ele, a forma como serão feitas as tratativas entre Governo e as empresas aéreas, nesse caso a GOL, será fundamental para a permanência e até o incremento de novos voos.
“Temos que entender que as empresas aéreas têm um papel fundamental no contexto do turismo em Sergipe. Temos que tratá-las como aliadas e parceiras no desenvolvimento do setor. Todos os destinos do Brasil buscam incrementar a sua malha aérea, e isso vira uma concorrência. A partir do momento que a empresa cancela um voo para Aracaju, com certeza a aeronave está indo para outro destino que venceu essa disputa. Por esse motivo, também, que a ABIH-SE vem há anos focando na divulgação do destino como forma de gerar demanda turística, que é um dos fatores que as companhias aéreas levam em consideração na hora de alocar voos”, explica Antônio Carlos.
Apesar do cenário pessimista, o presidente da associação está confiante em uma solução. “Todos sabemos que, além da geração de demanda, o ponto central desse tema é o incentivo fiscal sobre a compra do querosene que acontece na maioria dos estados do Brasil, e não é diferente aqui. Nossa visão é que é melhor arrecadar menos impostos e ter maior oferta de voos com o incentivo, do que pouca oferta de voos e arrecadar menos ou nada, sem os incentivos. Nesse caso, com maior oferta da malha e maior fluxo turístico teremos maior arrecadação de tributos de forma indireta com geração de renda e emprego para toda a cadeia do turismo. Estamos muito otimistas e confiantes que o Governo do Estado, através dos técnicos da Setur, irá encontrar uma solução equilibrada para esse assunto”, avalia o presidente da ABIH-SE.
Sem voos diretos
Sem voos direto, os passageiros que desejam se deslocar entre as duas capitais não tem opção rápida de viagem. De avião, somente há opções com paradas em São Paulo, com tempo total de viagem entre 5 e 6 horas, além de tarifas mais caras. A outra alternativa são os ônibus interestaduais, cujo tempo de viagem também é semelhante. O voo entre as capitais estava sendo operado pela voo Passaredo e comercializado pela GOL.
por João Paulo Schneider
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