3º Encontro da Rede de Leitura Inclusiva movimenta a 13 de Julho

Roda de Leitura inclusiva (Foto: ascom Lucas Aribé)

Ampliar as oportunidades de acesso ao livro e à leitura para toda a diversidade humana. Este é o objetivo do Encontro da Rede de Leitura Inclusiva, que acontece nesta quarta-feira, 19, em sua terceira edição, como parte da programação da 6ª Semana Aracaju Acessível. O evento movimenta o Mirante da 13 de julho com diversas atividades, como contação de histórias, rodas de leitura inclusivas, oficinas de brinquedistas, braile, audiodescrição e Libras, visitas à BiblioSesc, biblioteca itinerante do Sesc, entre outras.

“Nós queremos que todas as pessoas com deficiência tenham acesso à leitura e conheçam as diversas formas de ler. Isso é muito importante, pois a leitura nos dá acesso ao conhecimento, e conhecimento é tudo para o ser humano”, afirma o vereador Lucas Aribé, idealizador da Semana Aracaju Acessível. “Por nunca ter participado de uma escola quando era criança, nunca ter sentido o significado da leitura, o pouco que estou fazendo hoje é muito importante para mim. É uma vida nova”, garante a aposentada Maria Verônica, 63 anos, que tem deficiência visual e pela segunda vez participa do encontro.

De acordo com a professora Telma Carvalho, uma das organizadoras do evento, o foco principal da Rede de Leitura é levar o acesso à informação e comunicação para todos. “Realizamos este encontro em espaço aberto para que as pessoas possam ver esse movimento em favor da inclusão, da acessibilidade, da leitura inclusiva e da formação de leitores. Queremos congrega-las para que possam compreender a importância da leitura e também participar de várias ações. É um momento de interação e integração”, comenta.

Na Trilha da Inclusão, os visitantes percorrem um caminho de olhos vendados e segurando em uma corda. Para concluir o trajeto, precisam identificar alguns objetos usando o tato, olfato e o paladar. No Jardim Sensorial, tocam sementes, cheiram ervas aromáticas e sentem o sabor dos sucos das plantas típicas da Mata Atlântica. Outro atrativo é a Gelateca, uma geladeira que guarda livros, revistas e gibis que podem ser trocados. Já as rodas de leitura inclusiva contam com tradução para a Libras e materiais transcritos em braile e em letra ampliada. As oficinas também abordam temas como orientação e mobilidade, livros acessíveis, poesia ao pé do ouvido, entre outros.

Sociedade Inclusiva

A Rede de Leitura Inclusiva de Sergipe está vinculada à Rede Nacional de Leitura Inclusiva, mobilizada pela Fundação Dorina Nowill, de São Paulo, que conta hoje com a participação de todos os estados brasileiros. Instalada no dia 14 de outubro de 2015, reúne diversas organizações e pessoas comprometidas em ampliar as oportunidades de acesso ao livro e à leitura.

Na avaliação de Perla Assunção, articuladora da Rede de Leitura Nacional da equipe da Fundação Dorina Nowill, o encontro promovido em Aracaju serve de exemplo para o Brasil. “Nós passamos a conversar com pessoas que não teriam acesso à informação sobre inclusão, acessibilidade, diversidade. É um evento em praça pública, onde a gente atinge um público diverso e aí caminha para a formação de uma sociedade inclusiva. Esta é a missão da Rede Nacional e da Rede de Leitura Inclusiva de Sergipe”, destaca Perla.

Fonte: assessoria Lucas Aribé

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