Alunos e professores querem exonerar diretora

Alunos e professores fazem passeata pela gestão democrática (Fotos enviadas pelos manifestantes)

O primeiro dia de aula no Colégio Estadual Petrônio Portela foi marcado por manifestações promovidas por estudantes e professores da rede pública estadual, que não concordam com as medidas adotadas pela direção do colégio e pedem a exoneração da atual diretora. A comunidade escolar, segundo a professora Edinalva Mendes, defende a exoneração da atual diretora por entender que ela não possui os requisitos exigidos no decreto do Governo do Estado de número 29.120/2013, que institui a obrigatoriedade de realização de curso de gestão para professores exercerem cargos na direção escolar e pela postura da gestora, classificada como antidemocrática.

Segundo a professora Edinalva Mendes, a atual diretora da escola não possui o curso de gestão e está adotando medidas sem consultar a comunidade escolar. A professora destaca que houve exclusão de turmas do ensino fundamental, no turno da tarde, e também no ensino médio à noite, sem critérios. Como consequência, professores ficaram ociosos e foram obrigados a ser transferidos para outras unidades como forma de compensar a carga horária. “Há professores que ministram aulas em quatro escolas diferentes”, enfatiza.

Os pleitos da comunidade escolar foram encaminhados para a Diretoria de Educação de Aracaju (DEA). Em nota enviada à redação do Portal Infonet por meio da assessoria de imprensa, a Secretaria de Estado de Educação (Seed) informou que o caso do Colégio Petrônio Portela já está sendo analisado e que ainda não há posição, mas também não descarta a possibilidade de exoneração da atual diretora.

Momento de preparação para ato Cartazes sinalizam a insatisfação da comunidade escolar

Na nota, a Seed classifica como legítima a manifestação da comunidade escolar, explica que a escola passa por reordenamento administrativo e que todas as medidas administrativas estão sendo tomadas pela DEA em observância às normas e legislações vigentes, “inclusive revendo as questões pertinentes à exoneração ou não da diretora”. Na nota, a Seed “reforça que não legitima politizar os fatos que exigem cautela”.

Por Cássia Santana