Ano letivo da rede estadual inicia com projetos de incentivo ao aluno

As 325 escolas da Rede Estadual de Ensino iniciaram o ano letivo de forma não presencial e continuam se reinventando e desenvolvendo metodologias para que a retomada das aulas torne-se uma realidade, de tal maneira que as equipes de cada unidade continuem alinhando as estratégias a fim de oferecer ensino e aprendizagem aos estudantes e condições de trabalho aos professores. Dessa forma, foram realizados encontros pedagógicos, formação e diversas deliberações.

Nesse sentido, as escolas estão se debruçando em uma espécie de força-tarefa para garantir que as aulas remotas continuem atraentes e que os estudantes e professores se adaptem ao ensino remoto, e posteriormente, ao ensino híbrido.

É o que tem feito a equipe escolar do Colégio Estadual Raimundo Araújo, localizado no povoado Água Fria, no município de Salgado. Gilmar Ferreira, professor de Língua Portuguesa e Arte,  está desenvolvendo dois projetos de leitura. “Nossa História, Nossa Vida” é um projeto que consiste em resgatar e registrar as histórias, por meio de gêneros textuais como cordel, teatro, crônica e outros, dos povoados onde residem os estudantes matriculados na unidade Raimundo Araújo.

O segundo projeto, intitulado “Leitura na pandemia? Que alegria!!! ”, nasceu a partir da iniciativa “Lê Campo”, programa do Serviço de Educação do Campo e Diversidade (Secad), que propõe trabalhar com o incentivo à leitura para estudantes das escolas do campo a partir da literatura infantojuvenil e outros gêneros textuais. “O engajamento dos estudantes foi muito bom porque eles se envolveram nos dois projetos de leitura, buscando livros, preenchendo a ficha de leitura e enviando para mim pelo WhatsApp. Eles fizeram a leitura, mas também leram para outras pessoas da família e pessoas com deficiência ou acamadas, que estão dentro do núcleo familiar deles”, relatou o professor Gilmar.

O Colégio Indígena Estadual Dom José Brandão de Castro, localizado na Ilha de São Pedro, em Porto da Folha, também é um exemplo nesse sentido e desempenhou papel fundamental para garantir ensino e aprendizagem aos cerca de 77 estudantes da comunidade Xokó matriculados na unidade. As aulas remotas do Colégio Indígena iniciaram na tarde do dia 22 de março, após a aula inaugural realizada pela Seduc. Na ocasião, o Cacique Ba participou da abertura das aulas remotas, “com o objetivo de fortalecer os laços entre escola e comunidade”, disse a gestora Ângela Apolônio Xokó.

Para iniciar e apoiar as aulas em casa, os estudantes receberam kit escolar e material didático. “Estamos iniciando um ano letivo de muitos desafios, incertezas, mas de muita esperança. Os desafios são imensos e têm impactado profundamente a educação. A volta às aulas é um momento de grande alegria e expectativa para a comunidade escolar, especialmente para os estudantes. Não podemos prever o que este ano nos reserva, mas podemos ter a certeza de um ano de muito aprendizado”, concluiu Ângela.

Aulas remotas

A aula inaugural do ano letivo de 2021 da Rede Pública Estadual de Ensino ocorreu no dia 22 de março, envolvendo mais de 5 mil alunos e professores das 325 unidades educacionais, no formato remoto, em virtude das resoluções do Comitê Técnico-Científico do Governo de Sergipe. A Secretaria de Estado da Educação, do Esporte e da Cultura (Seduc) realizou a transmissão ao vivo pelo YouTube e TV Estude em Casa (canal 4.2).

O evento foi marcado pela homenagem aos gestores, professores, famílias e alunos que, mesmo diante de uma pandemia, perseveraram na continuidade da aprendizagem dos estudantes sergipanos. O retorno presencial está programado para o dia 5 de abril, por meio do ensino híbrido.

Fonte: Ascom/Seduc