Após decreto do Prefeito Edvaldo Nogueira (PDT), com o anúncio de datas para retomada das aulas em escolas municipais e privadas, o Sindicato dos Profissionais do Ensino do Município de Aracaju (Sindipema) emitiu uma nota de repúdio contra a decisão do gestor municipal. Segundo o sindicato, o retorno das atividades escolares só devem acontecer após a vacinação dos alunos e docentes contra o novo coronavírus (Covid-19).
Na avaliação do Sindipema, o momento atual não é o mais apropriado para projetar uma volta às aulas. “É de extrema irresponsabilidade que as aulas presenciais sejam retomadas, principalmente sem que haja vacina. Essa atitude do prefeito Edvaldo Nogueira reforça o seu descaso com a educação aracajuana, colocando em risco a vida de alunos e profissionais da educação. Desde o começo da pandemia, Aracaju não atingiu o mínimo necessário de isolamento social (50%), permanecendo sempre abaixo”, avalia o sindicato.
Ainda segundo a nota, muitas escolas não têm estrutura para seguir os protocolos de saúde e evitar o contágio da doença. “Grande parte das escolas municipais sofrem com precariedade em sua estrutura, bem como os profissionais do ensino, que precisam realizar, muitas vezes, “manobras” para driblar as dificuldades diárias no ambiente escolar acarretadas pelo descaso da prefeitura de Aracaju”, diz o Sindipema.
Ainda de acordo com o sindicato, embora o isolamento social tenha acabado, a pandemia continua, e dados da secretaria estadual de saúde de Sergipe provam que há aumento considerável dos casos. “Não há como amenizar essa situação. Reabrir as escolas sem vacina é um ataque contra à vida. É impossível falar em volta às aulas sem condições sanitárias adequadas. A prioridade maior é salvar o máximo possível de vidas”, destaca a entidade.
Semed
Em nota, a Secretaria da Educação de Aracaju (Semed) reafirma que o retorno das aulas presenciais na rede municipal de ensino está previsto para o dia 22 de março de 2021 e enfatiza que a medida considerará para sua efetivação uma avaliação do Comitê de Operações Emergenciais (COE), baseado nos números da Covid-19 na capital.
“No âmbito da preparação das escolas municipais para a volta às aulas, a Semed produziu o “Protocolo de Segurança Sanitária Para o Retorno das Atividades Educacionais Presenciais”, documento com diretrizes gerais para o cumprimento das medidas de biossegurança nas unidades de ensino da rede municipal”, destacou a pasta da Educação.
por João Paulo Schneider
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