Concurso para professor gera inúmeras queixas no MPE

Promotor Luis Fausto Valois (foto: Arquivo Portal Infonet) 

O Ministério Público Estadual (MPE) por meio da promotoria da educação apura inúmeras denúncias de candidatos que prestaram o concurso público para o Magistério do Estado de Sergipe. Uma comissão de concursados foi até o órgão para denunciar irregularidades na realização das provas e possíveis erros nas questões. De acordo com o MPE a prova, realizada no último 1º de abril, teve 62 perguntas anuladas e 23 alteradas.

Segundo a denúncia, as questões de geografia, física e química contêm erros nos gabaritos e nos enunciados. Algumas das questões, inclusive, foram analisadas por professores que avaliaram as perguntas e atestaram os erros.  O promotor de Justiça Luiz Fausto Valois explicou que tentou anteriormente anular a realização do concurso público, por conta das irregularidades pré-anunciadas, mas que foi negada.

Com uma lista de reclamações em mãos, que somam cinco páginas, o promotor relatou ainda, que na prova teriam questões de física e química copiadas da internet e não houve julgamento de recursos. Há também a informação que antes do gabarito ser divulgado, os resultados já estavam disponíveis em uma rede social, na comunidade “concurso SEED [Secretaria de Estado da Educação]”.

O promotor afirma que a campeã de reclamações foi a prova de redação. Os candidatos teriam sido orientados que o limite de 20 de linhas poderia ser 30, ultrapassando, assim, a página de resposta.

Funcab

Ainda segundo Fausto Valois, os candidatos questionam ainda, a idoneidade da empresa que realizou o concurso, a Fundação Professor Carlos Augusto Bittencourt ( Funcab), além da falta de detectores de metal em alguns locais de provas.

“Inclusive os candidatos trouxeram uma análise do departamento de física da Universidade de Sergipe, UFS, que comprovam que as questões não eram inéditas e que já tinham sido anuladas e foram reaproveitadas. Estamos reunindo agora a documentação com as reivindicações e vamos elaborar alguma manifestação junto ao judiciário com todas essas reclamações formuladas”, disse Fausto Valois, ao lembrar que uma audiência já está marcada para o próximo dia 9 de maio com a Seplag, Seed e Funcab.

O historiador, Rogevânio Alves, relatou sua angústia quanto à realização da prova. Para ele, as questões foram mal elaboradas. “Quando iniciamos os estudos para a realização de um concurso, geramos também uma expectativa, mas eu me senti prejudicado por conta dessa desorganização. Por isso, já estou me organizando para recorrer e procurar meus direitos” desabafa.

Já o filósofo, Otávio Silva, reclama da contagem de pontos e acredita que algumas das questões que foram assinaladas corretamente foram tomadas como erradas. Ele também irá buscar apoio junto ao MPE.

A equipe do Portal Infonet entrou em contato por telefone na última segunda-feira, 7, com a assessoria de comunicação da Secretaria de Estado de Planejamento, Orçamento e Gestão (Seplag), encaminhando email com os questionamentos sobre o concurso, mas até o fechamento da reportagem não teve retorno.

Por Eliene Andrade

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