No segundo semestre do ano passado a quadra foi interditada para o início de uma reforma, mas o problema é que até agora as obras não começaram. De acordo com Jamile Silva de França, que é vice-presidente do grêmio estudantil do Colégio Estadual 17 de março, os alunos vão produzir um relatório para encaminhar para a Secretaria de Estado da Educação (SEED). “Reivindicamos a reforma da escola, a contratação de novos professores e funcionários. Aqui faltam principalmente professores de Geografia e Português”, diz Jamile, afirmando, ainda, que os estudantes vão aguardar até a próxima segunda-feira, 4, e caso não tenham nenhuma resposta, a greve irá continuar. O tesoureiro geral da União Sergipana dos Estudantes (USES), Jorielton Oliveira, informou que os grêmios de todas as escolas do estado estão sendo contatadas para que reivindiquem melhorias. “A gente tem contatado os grêmios de todo o estado. Lançamos no último dia 28 de março a Jornada Estadual de Lutas Estudantis e apoiamos as escolas que queiram reivindicar melhorias. O relatório dos estudantes aqui da Escola 17 de março também será enviado ao Ministério Público Estadual”, conta. Contratações temporárias Sobre a escola 17 de março, a assessoria de Comunicação da SEED informou que a escola teve uma reforma anunciada no ano passado, mas quando teve início foi imediatamente suspensa por problemas no projeto. “Um novo processo licitatório foi iniciado e estamos aguardando a conclusão dele para dar a nova ordem de serviço e transferir os alunos para outro prédio. Após a conclusão do processo licitatório a empresa vencedora tem até 30 dias para iniciar as obras. Ainda não há previsão de lançamento do edital para a contratação, mas esperamos que seja logo”, comenta o assessor do Givaldo Ricardo. Em relação a falta de professores nas escolas, Givaldo reconheceu a falta de de profissionais nas escolas. Ele informou que já fou enviado um ofício para a Secretaria de Administração solicitando a contratação de 675 professores excedentes do processo simplificado do ano passado. “Acreditamos que é suficiente para suprir o ano letivo de 2011 na capital e no interior. Eles devem ficar temporariamente até o mês de dezembro e a partir de janeiro serão convocados os professores aprovados no novo concurso”, pondera. Por Bruno Antunes
A educação do Estado está em crise enquanto não é realizado o concurso para a contratação de novos professores. No colégio Estadual 17 de março, localizado no bairro 18 do Forte, a situação chegou a tal ponto que os próprios alunos da escola decretaram greve desde a última quinta-feira, 31, por falta de professores e de condições na estrutura do colégio. (Fotos: Portal Infonet)
Procurado pela reportagem do Portal infonet, o diretor da escola, professor Anderson, disse que estava em reunião e não iria receber a reportagem. Quadra do colégio 17 de março está interditada desde o ano passado
No Colégio Estadual Ministro Petrônio Portela, no Centro, o problema se repete. Os alunos do 2º Ano do ensino médio matutino estão sem aulas de química, espanhol, filosofia e Artes por falta de profissionais de ensino. O senhor Antônio Carlos Lima, que tem dois filhos de 16 e 15, ambos na segunda série do Ensino Médio, diz que constantemente eles voltam para casa sem aula. “Hoje, por exemplo, meus filhos não tiveram aula de nenhuma matéria por falta de professor”, alerta. Jorielton Oliveira do USES e Jamile Silva do Grêmio estudantil da escola
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