Estudantes decidem deixar reitoria

Estudantes fazem avaliação dos 12 dias de ocupação

Após 12 dias ocupando quatro salas da Universidade Federal de Sergipe (UFS), os estudantes começarão a desocupar o local na manhã dessa terça-feira, 11. A desocupação foi acertada após reunião realizada na tarde dessa segunda-feira, 10, entre  administração da universidade e o movimento estudantil, na qual foi possível chegar a um acordo.

Participaram das negociações o reitor da UFS, professor Josué Modesto, a pró-reitor de Assuntos Estudantis, Arivaldo Montalvão, assim como representantes do DCE e do movimento, composto por estudantes do conselho de residentes, dos residentes e mais um representante eleito.

Após muita discussão e conversa durante todo esse tempo, as partes envolvidas mostraram satisfeitação com o resultado das negociações. Dos oito pontos de reivindicações dos alunos, apenas dois não foram atendidos prontamente: o primeiro deles foi a elevação do valor da bolsa-alimentação de R$ 80 para R$ 200. Sobre essa questão, a reitoria não anunciou um reajuste imediato alegando que esse valor é regulado por regimentos da universidade, que não poderiam ser modificados de forma rápida.

Diante disso, foi autorizado que os universitários utilizassem uma parte do valor da bolsa-residência, que sofreu aumento de R$ 450 para R$ 702 no caso dos residentes de Laranjeiras, enquanto um aumento para a bolsa-alimentação é estudado para o próximo ano. Outro ponto de reivindicação que não foi atendido foi a saída da coordenadora de assistência ao estudante da UFS, a professora Neilza Barreto. A solução apontada pela reitoria foi de que uma outra assistente social ficará responsável em fazer o contato com os estudantes do campus de Laranjeiras.

Todos os demais pontos da pauta de discussão foram acatados pela reitoria, foram eles: pagamento da bolsa-residência e trabalho que estavam atrasados dois meses, construção de uma sede da Pró-reitoria de extensão no campus de Laranjeiras em março de 2009, criação do conselho paritário deliberativo, assim como a promessa de que não haverá retaliação aos envolvidos no movimento.

Avaliações

Arivaldo Montalvão: “movimento servirá para reflexão”
O pró-reitor de assuntos estudantis, Arivaldo Montalvão, avaliou que o movimento encabeçado pelos estudantes deve ser visto como um motivo para reflexão. “Acredito que isso servirá para um amadurecimento de ambas as partes para que esses problemas não venham a acontecer novamente. A nossa intenção é que as políticas possam ser concretizadas da melhor forma possível. Hoje, os estudantes estava mais propensos a conversar, até mesmo admitindo que de certa forma alguns avanços foram feitos com a coordenação da professora Neilza Barreto”, disse.

A residente Lidiane Souza, do curso de teatro, avaliou que o movimento foi positivo desde o início, principalmente pelo apoio dos residentes uns aos outros. “No começo foi difícil, pois estávamos sem respostas. Depois que a reitoria sentou para negociar foi ficando mais fácil reivindicar. Com o que conseguimos, a condição de residente na universidade vai se tornar melhor”, opina.

Por Letícia Telles

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