Governo do Estado fechará cinco escolas públicas em Aracaju

Seduc: 40 mil vagas sobrando nas escolas mantidas pelo Governo de Sergipe (Foto ilustrativa: Arquivo/Agência Brasil)

O Governo do Estado de Sergipe fechará pelo menos cinco escolas públicas em Aracaju. A medida foi confirmada pela assessoria de imprensa da Secretaria de Estado da Educação, do Esporte e da Cultura (Seduc), que acrescenta que a mudança será estendida também a outros municípios onde há estabelecimentos educacionais mantidos pelo Governo do Estado. A Seduc classifica a iniciativa como “otimização da rede”, mas o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Sergipe (Sintese) considera o projeto como “verdadeiro desmonte da educação” no Estado de Sergipe.

Pelo projeto do Governo do Estado, conforme informações da assessoria de imprensa da Seduc, serão fechadas as escolas públicas Lourival Batista, localizada no bairro Castelo Branco, os colégios Lourival Fontes e São José, no Santo Antonio, Coelho Neto, no bairro Santa Maria, e a Escola Estadual 15 de Outubro, no bairro Getúlio Vargas. Por outro lado, há também a possibilidade da oferta do ensino noturno ser encerrada na Escola Francisco Portugal, no conjunto Augusto Franco. Os alunos matriculados no turno noturno no Francisco Portugal serão transferidos para o colégio Ofenísia Freire, localizado no mesmo bairro, segundo a Seduc.

A assessoria explica que o encerramento das atividades nestes estabelecimentos de ensino é consequência da baixa matrícula e os alunos serão transferidos para outras unidades, onde há salas ociosas, e serão mantidos matriculados nos estabelecimentos existentes no mesmo bairro. A rede possui, segundo a assessoria, 40 mil vagas sobrando no Estado.

A Seduc, segundo a assessoria de imprensa, pretende interiorizar esta iniciativa e já está estudando parcerias com os municípios sergipanos. A assessoria informa que o diálogo já foi iniciado com os municípios de Nossa Senhora do Socorro, São Cristovão e Barra dos Coqueiros. Mas ainda não definiu as medidas que serão implementadas, está apenas analisando a oferta de matrícula, que tem caído nos últimos anos. Paralelamente, segundo a assessoria, a Seduc está realizando busca ativa nos bairros para ampliar o número de alunos matriculados para atrair os alunos a ocupar as 40 mil vagas que estão sobrando nas escolas públicas.

Reação

O Sintese já reagiu e promete realizar atos públicos com os alunos em protesto “ao desmonte da escola pública”. O número de escolas públicas que serão fechadas anunciado pela Seduc difere da relação denunciada pelo Sintese. Pelos cálculos do sindicato, são seis estabelecimentos de ensino da rede público na mira do Governo para serem fechados. Além dos relacionados pela Seduc, o Sintese também inclui as escolas General Siqueira, no Siqueira Campos, e Leite Neto, no Grageru. A assessoria de imprensa da Seduc nega que estas outras unidades estejam incluídas no projeto do Governo.

“Para um governo que logo após o processo eleitoral anunciou que a Educação seria a prioridade, as ações mostram o contrário”, destaca o Sintese, em nota pública. Para o sindicato, o Governo deveria buscar outras alternativas para melhorar a rede. Na ótica do Sintese, fechar escolas e encerrar turmas e turnos nos estabelecimentos educacionais são medidas classificadas como danosas para a população. O Sintese anuncia que terá audiência com o secretário Josué Passos na próxima segunda-feira, 21, e convoca a comunidade escolar para um ato público a ser realizado na quarta-feira, 23, na Escola Estadual 15 de Outubro.

por Cassia Santana

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