Mais de 3 mil na marcha dos professores

Mais de três mil
Professores dos quatro cantos do estado se deslocaram até a capital para participar de uma das maiores mobilizações já realizada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Sergipe (Sintese). Mais de três mil profissionais do magistério marcharam da praça da Bandeira até o Palácio dos Despachos em protesto ao não cumprimento da Lei Nacional do Piso.

De Brejo Grande veio Maria José, professora que viajou 142 km com os colegas para lutar por uma remuneração mais justa. “Quero ganhar mais, quero receber o que me é de direito há muito tempo”, diz. As amigas Deglares Argolo e Laura Maria vieram de mais perto, de Nossa Senhora do Socorro, mas mantêm a mesma opinião.

Deglares e Laura, de Socorro

“Vestimos a camisa mesmo, sabemos que tem gente que aproveita a greve para ficar em casa, mas nós estamos aqui dando a cara pra bater e enfrentando esse sol forte para nos pagarem o que é justo, o que pode melhorar nossas vidas”, comenta Deglares, apoiada pela colega. Todas as cidades aderiram à greve, exceto General Maynard que não possui filial do Sintese.

Negociações

O vice-presidente do sindicato, Carlos Sérgio, disse que é quase impossível eles serem recebidos pelo governador Marcelo Déda, mas acredita que levar o problemas às ruas de Aracaju pode ajudar a pressioná-lo a resolver logo o impasse. “Esperamos que amanhã [quarta, 11] as negociações

Carlos Sérgio, do Sintese

avancem”, deseja.

A assessoria de comunicação do Governo do Estado lembrou que o sindicato foi recebido pelo governador na última semana. No encontro, Déda solicitou aos professores que não entrassem em greve e ele estaria à frente das negociações com o sindicato. Como a categoria paralisou, as negociações foram repassadas para uma equipe do Governo, composta por três secretários.

A categoria irá reunir-se às 16h de quarta-feira, 11, com os secretários de Administração, da Fazenda e da Educação. “Queremos buscar alternativas que viabilizem o cumprimento da lei e que não quebrem o estado, mas nada de concreto foi apresentado até agora”, conta Carlos.

Comentários de Déda

Sobre os comentários do governador Marcelo Déda, de que não houve nenhum obstáculo nas negociações e por isso a greve é injustificável, o vice-presidente do sindicato dá a

explicação. “A secretaria [de Educação] vem nos enrolando desde agosto. Quando o governador nos chamou para conversar já havíamos deliberado a greve”, detalha.

Os professores da rede estadual de ensino permanecem de braços cruzados até a próxima quinta, 12, quando uma nova assembléia será promovida no Instituto Histórico para definir os rumos da greve que deixou mais de 240 mil alunos de Sergipe fora das salas de aula.

Por Glauco Vinícius e Raquel Almeida

A matéria foi alterada às 18h32 para acréscimo de informações.

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