Paralisação de professores termina em vigília no Palácio

Professores farão vigília até amanhã (Foto:Portal Infonet)

Os professores da rede estadual vão permanecer paralisados até amanhã,12, em protesto pela falta de negociação com o Governo. De acordo com o sindicato da categoria será realizada uma vigília em frente ao Palácio dos Despachos, localizado na Adélia Franco.

Cerca de 200 mil alunos estão sem aula em todo Estado. Os professores reivindicam pela aprovação do piso salarial dos professores. “Já tentamos várias vezes marcar uma audiência para discutir alternativas para pagamento do piso, e não houve um retorno”, explica diretor executivo do Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado de Sergipe (Sintese), Roberto Silva.

De acordo com Roberto Silva, caso não haja negociação o ano letivo será iniciado com greve. “ Decidimos não parar agora para evitar que os alunos não sejam prejudicados, mas ano que vem vamos esperar até fevereiro por uma proposta”,afirma.

Professores podem entram em greve no início do ano letivo

Este ano, os professores entraram em greve por 58 dias. Além de duas paralisações reivindicando pela abertura das negociações para discutir o piso salarial. Segundo o Sintese, o último reajuste foi em 2011.

Escolas

A professora do Colégio Governador Augusto Franco conta que as condições de trabalho atrapalham no aprendizado dos alunos. “ A gente reivindica não só pelo piso, mas por melhores condições nas escolas, que nunca estão com o quadro de professores completo”, conta Svetlana Freire.

Segundo a professora, outro problema é o atraso nas reformas das escolas. A reforma do  Colégio Governador Augusto Franco era para ser concluída em seis meses, mas já completou um ano. “ Tentamos transferir os alunos, mas fomos informados que não havia outro local. Os alunos ficam em meio a poeira e acabam  desenvolvendo crises alérgicas. Fica difícil trabalhar nessas condições”, conta Svetlana.

A vigília é em reivindicação ao pagamento do piso salarial

SEED

A assessoria de  Secretaria Estadual de Educação (Seed) informou que o secretário Belivaldo Chagas respeita o ato dos professores e continua aberto ao diálogo.

Por Adriana Freitas e Kátia Susanna