Paralisação dos professores entra no terceiro dia de mobilização

A paralisação dos professores da rede estadual de Sergipe completou três dias nesta quinta-feira, 6. Desde a terça-feira, 4, a categoria vem cumprimento uma pauta intensa de mobilização para conseguir reabrir o canal de diálogo com o Governo de Sergipe a fim de discutir as reivindicações dos profissionais da Educação.

Além do movimento paredista, os professores também ocupam as dependências do prédio da Secretaria de Estado da Educação e Cultura (Seduc). O local foi ocupado na manhã de terça-feira, 4, durante o primeiro dia de protesto realizado pela categoria.

De acordo com o sindicato, a ocupação busca pressionar o Governo de Sergipe a reabrir o canal de diálogo entre a administração estadual e o Sintese, com a finalidade de tratar das reinvindicações da categoria.

De acordo com o presidente do Sintese, Roberto Silva, as pautas de reivindicação da categoria são: descongelamento da GATI (Gratificação de Tempo Integral), do triênio e de gratificações fixas reajustáveis, que estão há dois anos congeladas; garantia da recuperação do poder aquisitivo do Magistério Público Estadual, em relação às perdas salariais acumuladas, no período de 2012 até 2024; melhorias nas condições de trabalho e nas estruturas físicas das escolas; retorno dos auxílios internet e tecnológico; e convocação de concurso público para rede estadual de ensino.

O que diz a Seduc

Em nota, a Seduc disse que a gestão da pasta recebeu na tarde da terça-feira, 04, uma comissão do Sintese, onde reafirmou o compromisso do Governo de Sergipe com a educação e com os servidores do magistério, reforçando que não há problemas no tocante ao relação ao diálogo com a categoria, visto que, desde 2023 as portas da Seduc sempre estiveram abertas para ouvir as demandas.

“O Governo sempre manteve um diálogo aberto, transparente e respeitoso. Em 2024 já foram quatro encontros, sendo o último no dia 16 de maio. Foi instituída uma comissão permanente em 2023 e desde então houve diálogos constantes para atender as pautas reivindicadas. Por parte do Governo, a porta nunca foi fechada e segue aberta. Somente no mês de maio foram duas reuniões. A proposta foi dar continuidade às reuniões a partir do momento em que a paralisação for suspensa”, salientou.

A Seduc disse ainda que em respeito aos alunos, pais, equipes diretivas e professores que não aderirem ao movimento paredista, segue com todas as escolas abertas e em funcionamento na capital e no interior. “As gestões escolares, merendeiras, vigilantes e os estudantes monitores estão prontidão para garantir o acolhimento, a alimentação escolar, o transporte e a segurança de todos os alunos da rede estadual de educação”, frisou.

por João Paulo Schneider