Professor lança livro sobre história da educação no NE

Cristiano de Jesus Ferronato é o autor da obra lançada (Fotos: Helena Sader/Portal Infonet)

Na tarde desta quinta-feira, 18, o livro “Das aulas avulsas ao Lyceu Provincial: As primeiras configurações da instrução secundária na província da Paraíba do Norte (1836 – 1884)” foi lançado pelo professor da Universidade Tiradentes Cristiano de Jesus Ferronato.

Segundo o autor da obra, através de estudos para a construção de trabalhos acadêmicos, surgiu a ideia de entender o processo educacional no Brasil Imperial. “Fazendo essas pesquisas, percebemos que o melhor ensino no Brasil é o ensino secundário”, disse Cristiano.

Ainda de acordo com o professor, existem poucos estudos sobre o ensino secundário no Nordeste. “Temos instituições aqui no Nordeste (Atheneu Sergipense, Lyceu Paraibano, Ginásio Pernambucano) que são instituições que antecedem ao tradicional colégio Pedro II, do Rio de Janeiro, bastante lembrado por todos. Nós temos uma precedência no ensino secundário, ao contrário do que o pessoal das regiões centro-sul acredita”, disse. “É importante resgatar essa história institucional da educação no Nordeste a partir dessas instituições tão importantes”, completou o professor.

“Das aulas avulsas ao Lyceu Provincial: As primeiras configurações da instrução secundária na província da Paraíba do Norte (1836 – 1884)” é o nome da obra lançada

Sobre as mudanças que o livro pode trazer à sociedade, o professor admitiu que não necessariamente isso irá acontecer. “Não posso dizer que o livro vai mudar qualquer coisa na sociedade, mas acredito que ele é importante na revisão dos estudos sobre educação no Brasil. É claro que nós aqui sofremos alguns reveses durante o processo econômico. Mas em questão de educação, o Nordeste sempre esteve à frente”, explicou Ferronato.

Biografia

Ferronato é natural do Paraná, mas reside em Aracaju, sendo atualmente professor da Unit. Anteriormente, se graduou em História, em Maringá, e mais tarde se especializou em história da educação na Universidade Federal da Paraíba.

Por Helena Sader e Verlane Estácio