Professores cobram reajuste do piso que há 4 anos não é corrigido

Ato ocorreu em frente a SEED (Foto: Portal Infonet)

Os professores da Rede Estadual de Ensino do Estado paralisaram as atividades nesta quarta-feira, 20, e fizeram uma manifestação em frente à Secretaria de Estado da Educação, do Esporte e da Cultura (Seduc). A categoria luta pelo reajuste do piso do magistério, que há quatro anos não é reajustado, e pede a SEED que reestruture a política de educação pública de Sergipe.

“Nós vivemos há quatro anos em Sergipe um desmonte da educação pública e um descompromisso do Governo com o reajuste do piso do magistério. Hoje é também um dia de luta do magistério pelo reajuste de piso e em defesa da educação pública. Nesse ato agora pela manhã estamos cobrando do secretário Josué que altere a política da SEED, que é uma política que há quatro anos vem negando e tendo queda de matrícula, de fechamento de escolas, e isso provoca a exclusão do estudante. Quanto ao Governo do Estado, queremos que apresente o reajuste do piso que é lei e que deveria está sendo pago desde janeiro”, explica Ivonete Cruz, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Sergipe (Sintese).

Ivonete Cruz, presidente do Sintese

Até o momento a categoria ainda não conversou com o Governador Belivaldo Chagas sobre o reajuste do piso do magistério de 2019 e afirmam não entender o motivo da crise econômica que o Estado diz enfrentar. “O Governador diz que vai nos receber, era em janeiro, depois em fevereiro, o mês já está acabando e ainda nada. O que o Governo tem dito é que está vivendo uma crise econômica que já começa a ameaçar atrasar salário. E o que nós estamos a denunciar é: De onde vem à crise se comprovadamente o Estado de Sergipe ano a ano tem aumento de receita? De onde vem essa crise se os servidores estão sem reajuste há cinco anos, ou seja, nenhum aumento com folha de pagamento? E o dinheiro do Estado não está dando para pagar os salários? O que está acontecendo com o orçamento do Estado”, questiona Ivonete.

Os professores sairão em caminhada até o Palácio de Despacho para protocolar mais um ofício pedindo uma audiência com o governador Belivaldo Chagas e cobram do Governo os motivos da crise econômica. À tarde os professores participarão da assembleia da classe trabalhadora que acontece na Praça General Valadão, no Centro da capital, que tem como pauta a reforma da previdência, que pode entrar em pauta hoje no Congresso Nacional.

SEED

Em nota, a Seduc disse que entende que toda a manifestação é legitima, mas que a paralisação neste momento de reordenamento da matrícula irá prejudicar alunos e pais. A secretaria informou que vem dialogando com a categoria dos professores, prova disso foi a retomada da Carreira do Magistério a partir de 1º de dezembro de 2018, com a aplicação de 15% no escalonamento, o que representa um ganho real aos professores de aumento nominal de até R$855,88, promovendo a valorização dos níveis: graduação, especialização, mestrado e doutorado.

Ainda segundo a nota, a Seduc informou que estuda os efeitos da aplicação do Piso Nacional Salarial dos professores sobre a hierarquização da sua carreira, dado ao esgotamento da capacidade do Fundeb em financiar a folha salarial do magistério e dos demais profissionais lotados nas escolas. Mesmo assim, informa que nenhum professor de nível superior em regência de classe da Rede Estadual recebe abaixo do piso nacional, ou seja, um valor de R$ 3.643,74.

por Karla Pinheiro

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