Deliberação da cateogira ocorreu no final da manhã desta terça-feira (Foto: Reprodução/Sindipema)

A greve dos professores do ensino municipal vai ter continuidade. Essa foi a decisão da maioria em assembleia na sede do sindicato da categoria, terminada no final da manhã desta terça-feira, 5. De acordo com o presidente do Sindipema, Adelmo Menezes, em nova reunião com a comissão de negociação da prefeitura de Aracaju, não houve avanços no pleito salarial da categoria. “A prefeitura continua sinalizando para a não possibilidade de conceder o reajuste do piso”, afirma o sindicalista.

A contraproposta do Sindipema, segundo o próprio Adelmo Menezes, incluía uma recuada dos professores a respeito de algumas reivindicações. “Nós estamos dispostos a abrir mão do retroativo respectivo aos meses de janeiro a agosto, mas queríamos o reajuste de 7,64% válido de setembro até dezembro, com novas negociações em janeiro de 2018. Também recusaram essa sugestão de acordo”, lamenta.

Na assembleia os professores aprovaram também um novo calendário de mobilizações. Nesta quarta-feira, 6, eles estarão com pais e alunos da rede municipal para explicar a continuidade da greve. No dia 7, participam do Grito dos Excluídos, na praça Fausto Cardoso, e concluem o calendário com dois atos: um no dia 11, em frente a Prefeitura de Aracaju, às 8h; e outro no dia seguinte, na Câmara dos Vereadores às 8h30.

Adelmo admite que categoria tenta reduzir pedidos para fazer acordo

Segundo o sindicato, cerca de 80% da categoria está de braços cruzados. Já são quatro dias de greve e da consequente paralisação dos serviços nas escolas. A Secretaria Municipal de Educação (Semed), no entanto, rebate afirmando que das 73 escolas municipais, apenas oito aderiram a greve. Outras 20 não teriam aderido e 43 continuam funcionando parcialmente, com professores substitutos.

A Semed  afirmou para nossa reportagem que ainda não foi notificada da decisão dos professores em permanecer em greve. No entanto, encaminhou nota sobre o pleito apresentado pela categoria. De acordo com a Secretaria, "a Prefeitura já apresentou o estudo de impacto financeiro ao Sindipema, de forma detalhada e informou  a inviabilidade de conceder o reajuste, tendo em vista que teria que pagar não somente aos servidores ativos, mas também aos inativos, o que colocaria em xeque o pagamento de salários e continuidade dos serviços básicos restabelecidos para o funcionamento da rede da Educação de Aracaju", afirma nota. 

Por Ícaro Novaes