Professores que integram o Sindicato da categoria em Sergipe (Sintese) passaram a noite desta terça-feira, 5, nas dependências do prédio da Secretaria de Estado da Educação e Cultura (Seduc). O local foi ocupado ontem pela manhã durante um protesto realizado pela categoria.
De acordo com o sindicato, a ocupação buscar pressionar o Governo de Sergipe a reabrir o canal de diálogo entre a administração estadual e o Sintese, com a finalidade de tratar das reinvindicações da categoria.
Nesta quarta-feira, 5, a paralisação dos professores chega ao segundo dia. O Sindicato diz que foi notificado na tarde desta terça-feira, 4, pela Justiça sobre a proibição do movimento paredista, mas as professoras e professores decidiram, em assembleia realizada ontem à tarde, manter a paralisação até esta quinta-feira, 6, e também a ocupação do prédio da Seduc.
“Convocamos mais uma vez professoras e professores a estarem presentes em frente à Seduc, neste nosso segundo dia de paralisação. Se você não pôde vir ontem, venham hoje, sua presença é fundamental no fortalecimento da nossa luta e da nossa ocupação. Somente a nossa resistência trará a vitória”, diz o presidente do Sintese, Roberto Silva.
Ainda de acordo com Roberto Silva, as pautas de reivindicação da categoria são: descongelamento da GATI (Gratificação de Tempo Integral), do triênio e de gratificações fixas reajustáveis, que estão há dois anos congeladas; garantia da recuperação do poder aquisitivo do Magistério Público Estadual, em relação às perdas salariais acumuladas, no período de 2012 até 2024; melhorias nas condições de trabalho e nas estruturas físicas das escolas; retorno dos auxílios internet e tecnológico; e convocação de concurso público para rede estadual de ensino.
O que diz a Seduc
Em nota, a Seduc diz reforçar o compromisso do Governo do Estado com a educação e com os servidores do magistério e, desde 2023, tem mantido diálogo aberto, transparente e respeitoso com a categoria, amplamente divulgado. “Inclusive no ano de 2024 já foram quatro encontros para tratar sobre a pauta da categoria, sendo o último no no dia 16 de maio. O Governo segue sempre de portas abertas para somar, dialogar, fortalecer os professores e a educação sergipana”, salientou inicialmente a pasta.
Ainda segundo a Seduc, Sergipe paga professores da rede pública estadual acima do piso nacional, que é de R$ 4.580,57, definido pelo Ministério da Educação e da Cultura, de acordo com a Portaria nº 61, de 31 de janeiro de 2024. Em Sergipe, no ano de 2024, professor em início de carreira na rede pública estadual tem salário base R$ 5.634,85 (R$ 4.902,28 + R$ 732,57). Já um professor regular com dois vínculos o salário passou para o total de R$ 11.269,70 (R$ 4.902,28 + R$ 732,57, de cada vínculo). O professor em tempo integral recebe R$ 8.521,00 (R$ 4.902,28 + R$ 732,57 + R$ 2.886,15). A média salarial do professor regular é de R$ 7.260,71 e a média salarial professor em tempo integral é de R$ 9.408,39.
“A permanência do abono temporário dos professores para o biênio 2024/2025 é um dos resultados que atendem aos anseios da categoria. Ele passou a ser pago em 12 parcelas fixas de R$ 732,57, de janeiro a dezembro de 2024. A partir de janeiro de 2025, as 12 parcelas fixas passam a ser de R$ 632,57, já que R$ 100 será adicionado ao salário base”, reforçou a Seduc.
por João Paulo Schneider
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