Seduc acompanha 33 alunos com altas habilidades e superdotação

Lucas Otávio Santos Silva, de 17 anos, possui altas habilidades em robótica (Foto: Maria Odília)

A Secretaria de Estado da Educação, do Esporte e da Cultura (Seduc) continua com os serviços do Núcleo de Atividades de Altas Habilidades/Superdotação (NAAH/S), vinculados ao Serviço de Educação Inclusiva (Seinc). Por meio deste serviço, a Seduc oferta suporte aos alunos com altas habilidades ou superdotação, além de oferecer formação aos professores da rede pública, a fim de que tenham um olhar diferenciado no que concerne aos talentos e acompanhamento aos alunos identificados.

Originário de um programa do Governo Federal, o Núcleo de Atividades de Altas Habilidades/Superdotação (NAAH/S) foi reativado em 2019 no âmbito da Seduc, e já ofertou formações tanto para professores do ensino regular, quanto para os que atuam nas Salas de Recursos Multifuncionais sobre as altas habilidades e superdotação, por meio do Seinc/DED.

Segundo a coordenadora Rita de Cássia Fontes, no ano 2020 a 2021 a rede estadual teve 33 alunos informados com o indicativo de Altas Habilidades/Superdotação, monitorados pela equipe do NAAH/S, em contato com os professores da rede pública estadual de Sergipe. “O Núcleo é importante para o estado de Sergipe, tendo em vista que, por meio dele, o estudante sabe que pode contar com um apoio pedagógico de forma complementar e suplementar para fortalecer seus conhecimentos, proporcionando ao aluno explorar as diversas áreas em que tem habilidades”, explicou Rita de Cássia.

Altas habilidades

Um dos exemplos de aluno atendido pelo Núcleo de Atividades de Altas Habilidades/Superdotação (NAAH/S), através da sala de recursos multifuncionais, é o jovem Lucas Otávio Santos Silva, de 17 anos. Ele passou para o 1º ano do ensino médio, matriculado no Colégio Estadual Jornalista Paulo Costa, em Aracaju, e possui altas habilidades na área de Robótica. Ele conta que desde os oito anos de idade já montava, desmontava e consertava brinquedos e aparelhos eletrônicos em casa. Com 11 anos, através de um vizinho, conheceu o projeto de robótica do professor Flávio Gilberto, do Centro de Excelência Francisco Rosa Santos. Lá ele conheceu placas arduíno, sensores e outros aparelhos, e passou a aprender cada vez mais sobre essa área.

O seu primeiro robô foi um carrinho que funcionava através da tecnologia bluetooth, e ao longo do tempo ele passou a construir outros aparelhos, como aspirador de pó, alarme de portas, objetos em 3D, entre outros. A sua alta habilidade em robótica o levou a programas de TV em rede nacional, o que lhe abriu portas para fazer palestras em escolas da capital e interior, sobre a robótica no cotidiano. “O atendimento que recebo na sala de recursos da escola é muito bom e me ajuda bastante, principalmente na questão da minha ansiedade, além de me auxiliar também na robótica e nas outras áreas”, disse.

A diretora da unidade de ensino, Deise Santos do Nascimento, explica que a sala de recursos é uma mediadora de aperfeiçoamento das habilidades dos alunos e das disciplinas. “Ela ajuda a aperfeiçoar as áreas em que o aluno tem altas habilidades e suaviza onde ele tem alguma dificuldade. Além disso, contribui com o trabalho dos professores, no sentido de auxiliá-los a melhor trabalhar com esse estudante. No caso de Lucas, ele mudou da água para o vinho, melhorou bastante e se encontrou na robótica, em que ele é especialista ”, afirmou.

A mãe de Lucas Otávio, a senhora Luiza Alves, se sente bastante orgulhosa e destaca que o atendimento que ele recebe é de grande valia. “Todos nós ficamos admirados com essa habilidade que ele tem com a robótica. Não achávamos que ele chegaria tão longe, ao ponto de ir para a TV, dar palestras. Ele já participou de eventos e ganhou prêmios também. Acredito que ele também pode influenciar outros jovens a gostar dessa área de tecnologia e robótica”, declarou.

O jovem Lucas Otávio pensa em, no futuro, ser professor de robótica em curso de Engenharia Mecatrônica, e abrir uma empresa de Produtos 3D. Mas enquanto não chega lá, ele também sonha em ser monitor de robótica no Colégio Estadual Jornalista Paulo Costa, onde estuda.

Identificação e acompanhamento

O acompanhamento é feito em parceria com os professores em sala de aula e professores das salas de recursos multifuncionais. Por meio de observações, eles vão percebendo nos alunos alguns detalhes que possam identificar como altas habilidades. De acordo com Rita de Cássia, são três critérios que são levados em conta: habilidade acima da média em alguma área do conhecimento, envolvimento com a tarefa, e criatividade.

Ela explica que, muitas vezes, devido o aluno apresentar uma habilidade acima da média, acaba sendo confundido com um aluno que não quer estudar. Por isso o NAAH/S faz todo o acompanhamento e oferece às escolas instrumentais que os professores utilizam para que possam observar as características. Após isso, o professor entra em contato com o Centro de Referência em Educação Especial do Estado de Sergipe (Creese), que faz a avaliação biopsicossocial, identifica os alunos e faz a devolutiva para o NAAH/S, que fará o acompanhamento pedagógico com a rede de apoio.

Rita afirma também que as altas habilidades podem ser percebidas em diversas áreas. “Ao contrário do que muita gente pensa, as altas habilidades não são identificadas apenas na lógica matemática, mas também em outras áreas, como a linguística, interpessoal e intrapessoal, naturalista, corporal cinestésica, espacial e musical. De acordo com a habilidade do aluno, temos professores para acompanhá-los. O Governo de Sergipe, por meio da Seduc, desenvolve ações importantes em relação a esses alunos, que não ficam despercebidos e têm um atendimento inclusivo. O talento deles é valorizado a cada instante”, disse.

As altas habilidades ou superdotação fazem parte do público da modalidade Educação Especial, que apresentam: deficiência intelectual, deficiência física, cegueira, surdez, surdo-cegueira, transtorno do espectro autista, e altas habilidades e superdotação.

“O NAAH/S avança em suas ações objetivando identificar os talentos existentes nas escolas da Rede Estadual de Ensino de Sergipe, para que possamos oferecer os encaminhamentos necessários para desenvolver e potencializar estes talentos. Essa ação do Governo do Estado é de extrema relevância, para que todos os nossos alunos talentosos sejam descobertos e valorizados, considerando que irá fortalecer e ampliar seus conhecimentos, além de viabilizar a inserção deles nas áreas em que têm habilidade”, declarou Rita de Cássia.

Fonte: SES

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