A contratação mais ágil de professores temporários e formação de cadastro reserva é uma das medidas que a Secretaria de Estado da Educação (Seed) está tentando concretizar para combater as avaliações insatisfatórias do ensino público sergipano medidas pelo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).
De acordo com o secretário da pasta, Josué Modesto, uma minuta do projeto de lei foi preparada pela Seed e enviada para a Casa Civil para apreciação. “A ideia é a contratação mais ágil de professores substitutos e formação de reserva, em um processo público e transparente. Porque numa rede como a nossa com 9 mil professores, surgem lacunas imprevistas. Professores podem ser acometidos de doenças pessoais ou na família, mas não temos mecanismos ágeis para repor. Precisamos de uma seleção rápida”, explicou o secretário. Caso seja aprovado, o projeto segue para aprovação na Assembleia Legislativa.
O secretário garantiu que, no momento, a Seed está fazendo chamadas do Processo Seletivo Simplificado em andamento para suprir demandas identificadas no início do ano.
Josué Modesto ainda destacou que a secretaria está quantificando os profissionais da rede estadual e fazendo comparativo entre turmas e professores disponíveis. “Há áreas em que a escassez é conhecida, como artes, filosofia, física. Nós queremos estimar com precisão qual é essa escassez e propor ao governo a contratação efetiva”, informou.
Abandono
Os índices de reprovação e abandono também preocupam a Seed. Do 6º ao 9º ano, o indicador de rendimento (taxa de aprovação) foi de 0,71
Segundo avaliação do secretário, é papel da escola atuar em áreas fora da instituição. “São questões socioeconômicas e desestruturação de famílias, mas a escola precisa trabalhar isso, em especial a escola pública. Precisamos ter formas de acolher alunos que não estão obtendo êxito”, analisa o secretário.
Outra medida para a melhoria da educação em Sergipe proposta pela Seed é o ensino em tempo integral. “É importante focar na política de ampliação de carga horária, que é insuficiente, para recuperação de aprendizagem, além de atividades esportivas e culturais”, diz o Josué Modesto. Atualmente, 42 escolas estão em implantação parcial desse sistema.
Ideb
O indicador de qualidade da educação brasileira, que avalia o ensino fundamental e médio, com notas de 0 a 10, foi divulgado ontem, 3, pelo Ministério da Educação (MEC).
O estado de Sergipe não atingiu a meta de 4,6, proposta para 2017 para o ensino médio e alcançou o índice de 3,7. Entretanto, o estado melhorou o desempenho em relação aos últimos três levantamentos (2011, 2013 e 2015), quando registrou o índice de 3,2 repetidamente.
No ensino fundamental, do 1º ao 5º ano, a meta de 4,7 foi alcançada, superando a anterior, de 4,3. Já do 6º ao 9º ano, o estado, que nos últimos anos vinha aumentando seu desempenho nos anos finais do ensino fundamental, obteve um índice de 3,9, número menor que a meta para 2017, que era de 4,5.
De acordo com o MEC, nenhum estado brasileiro alcançou a meta para o ensino médio. A meta para o Brasil é alcançar a média 6 até 2021, patamar educacional correspondente ao de países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
por Jéssica França
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