Sintese vai oficializar MPE sobre surto de Covid-19 nas escolas

Roberto Silva explica o Sintese fez um levantamento e verificou muitos casos de Covid-19 em 40 escolas do Estado (Foto: Portal Infonet)

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Sergipe (Sintese) vai oficializar o Ministério Público Estadual (MPE) sobre os surtos de Covid-19 que estão sendo registrados nas escolas das redes estaduais de ensino, que retomaram as aulas presenciais desde o dia 17 de novembro.

O sindicato também aponta a ameaça, por parte da Secretaria de Estado da Educação, Cultura e Esporte (Seduc), de corte de ponto dos professores que não retornarem às atividades nestas escolas que apresentam muitos casos confirmados da doença entre os funcionários e alunos.

De acordo com o Sintese são 40 escolas no Estado com surtos de Covid-19. Em Aracaju a Colégio Estadual Professor Paulo Freire, localizado no bairro Industrial, é uma dessas escolas apontadas pelo Sintese.

“Estamos tendo vários surtos e a recomendação da Seduc é fechar a escola por 14 dias e depois voltar às aulas. É preciso que se contrate uma empresa especializada para fazer a higienização sanitária das escolas, e temos protocolos sanitárias que falam que nos caos de surtos é preciso fechar o ambiente e os profissionais trabalhar em home office, e isso podemos fazer perfeitamente”, aponta Roberto Silva, vice-presidente do Sintese.

O sindicato está orientando os professores a fazer relatórios da situação das escolas para enviar ao Ministério Público. “Vamos oficiar o Ministério Público, o Governo do Estado e já notificamos o superintendente da Seduc que emitiu o comunicado falando do corte de ponto dos professores, e caso a Seduc não recue nesse ponto, vamos procurar a justiça”, afirma.

SEDUC

A Seduc informou que realça o compromisso e a importância com a escola segura, e que o retorno das aulas presenciais está subordinado ao Comitê Científico que acompanha a covid-19 no Estado.

“As escolas públicas instituíram um comitê com representantes de pais, alunos, gestores e professores para acompanhar o retorno e fiscalizar se todas as medidas de segurança estão sendo cumpridas. Vale ressaltar que os estudos da Universidade Federal de Sergipe  já assegurou que a escola é um lugar seguro, que não há motivo para crise, visto que os casos positivados assintomáticos inferiram em contágio fora do ambiente escolar. Que nenhuma escola estava funcionando até a data de começar a testagem. Por consequência, não se pode dizer que as pessoas se contaminaram no ambiente escolar”, diz a nota.

A secretaria informa ainda todas as unidades da rede estadual receberam verbas para investimentos em protocolos de segurança, da ordem de mais de R$ 9.117.514,50 do Profin-Custeio, e mais R$ 2.131.841,67 depositados diretamente nos cofres públicos pelo o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

“Os protocolos de biossegurança foram massificados com a comunidade escolar, discutidos com gestores das esferas do Magistério e tornado público no Portal Estude em Casa. A Seduc reassegura o compromisso com a aprendizagem dos estudantes e na preparação para o Enem dos mais de 15 mil alunos que retornaram às salas de aula e dos 6 mil que estão a retornar. Reitera o compromisso com a segurança em saúde da comunidade escolar e compactua com todos os protocolos chancelados mundialmente pela OMS”, finaliza

Por Karla Pinheiro

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