Sobrevivência, uma luta de todo dia – Parte I

A situação em que vive o homem brasileiro, atualmente, acabou por torná-lo temeroso e descrente da vida e do mundo. Em meio a essa falta de perspectiva e ao ceticismo, contudo, ainda encontram-se pessoas dispostas a crer e a fazer da esperança uma ferramenta capaz de reconstruir a realidade urgente.

O Brasil, hoje, é um país caracterizado por problemas econômicos, sociais e políticos que não apresentam qualquer possibilidade imediata de resolução. A falta de moradia e de alimentação, as dificuldades financeiras, tudo concorre para agravar as más condições em que se encontra mais da metade da população. Uma população de miseráveis que acaba usando de meios ilícitos e violentos para garantir sua sobrevivência.

Como reflexo dessa situação de violência contra o ser humano tem-se uma sociedade acuada por um medo crescente e, muitas vezes, desanimador. Para muitos, as circunstâncias e a falta de perspectivas é fator suficientemente forte para os demover de sua luta pela sobrevivência. Isso acontece porque, simplesmente, viver parece ter-se transformado numa prisão; grades nos separam do mundo, da realidade, da humanidade e de nós mesmos. Acuado como está, o homem é obrigado a optar entre persistir na possibilidade de mudanças ou manter-se passivo diante de tudo.

Resta em muitos o desejo de mudar, até na existência de soluções para todos os problemas que o país sofre atualmente. É preciso, entretanto, que as pessoas acreditem na força e no poder que cada um tem de transformar e reconstruir a realidade individual e coletiva.

Mais do que nunca é importante renovar a esperança a cada obstáculo a ser ultrapassado. Há uma “chama” de esperança no final do “corredor”, cabe a todos mantê-la acesa ou extingui-la por completo.

 

ALCN – Nota 15

 

 

Prezado aluno, averigúe que o primeiro parágrafo é caracterizado por erros bem visíveis. No desejo de melhor estruturarmos o texto, verifiquemo-lo em anexo às transgressões para o melhoramento do texto dissertativo – argumentativo.

Vejamo-los:

1)      Na 1ª linha, temos a expressão em que (pronome relativo), responsável por designar local e ou situação. Para não repetirmos a palavra, pois a repetição empobrece o texto, caso exista a necessidade de flexibilizarmos o termo, troquemo-lo por:

a)     na qual = gênero feminino, número singular, estabelecendo a relação com a palavra a situação, também do gênero feminino / singular.

·         Lembre-se de que a expressão em que, independentemente do substantivo fem / masc ou singular / plural, permanece invariável.

Ex:  O processo em que vive …

              ou

     Os processos em que vive …

 

2)      Observe o termo atualmente. Na construção textual, evitemos as palavras com o sufixo em mente, pois são classificados como chavões, por serem utilizados na estrutura coloquial. Além desses aspectos, atente-se ao fato de que se o homem vive só pode ser atualmente. Logo, para eliminarmos a redundância, mantenha o verbo e elimine o advérbio.

 

3)      Será interessante que você observe a transitividade do verbo. Quem torna, torna algo, alguém ou alguma coisa. Portanto, é transitivo direto; verbos transitivos diretos devem ser utilizados com os seguintes pronomes:

  o, a, os, as, lo, la, los, las.

Após este aspecto, confirme que as palavras temeroso e descrente são adjetivos e concordam com o pronome utilizado em anexo ao verbo. Neste caso, o lo = gênero masculino, número singular. Posto isto, os adjetivos temeroso e descrente devem concordar em gênero e número com o elemento a que se referem = o homem, gênero masculino, número singular.

 

4)      Na quarta posição, presencie o adjetivo descrente, formando pelo prefixo DES + crente. Veja que o verbo crer tanto quanto o descrer pedem o complemento da preposição em e não da preposição de. Assim, frase adequada.

Ex.:  temerOSO   e   DEScrente  na (em + a) vida e no (em + o) mundo.

 

5)      Essa = na construção textual, minimize a inserção de pronomes demonstrativos, indefinidos e do que.

 

6)      Vamos aproveitar a situação para ampliar o vocabulário: 

ceticismo = característica (substantivo) que designa descrença em algo que não se vê. A exemplo, o brasileiro, diante do processo político, está se posicionando de forma cética em relação à política brasileira.

 

7)      No critério 7, averigúe que existe a utilização de duas palavras com valor de conjunção. A primeira é o contudo; a segunda, ainda. Diante disto, opte por uma das. Se optar pelo contudo, atente-se à pontuação. Esta conjunção adversativa requer a presença do . (ponto) antes e da , (vírgula) pospostamente.

 

8)      Na seqüência, verifique a sonoridade (leia em voz alta) presente nas palavras crer e fazer. Ambas terminam no infinitivo, 2ª conjunção (er). Quando presenciar a ressonância, permute uma das palavras por um lexema semelhante (sinônimo). Ex.:  … acreditar e fazer …

 

9)      No tocante à observação 9, não faça uso da palavra esperança, que é detentora de um valor subjetivo. No texto dissertativo, trabalhe a linguagem denotativa. O mesmo critério amplia-se ao termo ferramenta.

 

10)  realidade urgente… Veja que a palavra urgente tem campo morfológico inadequado, pois quem reconstrói, o faz de alguma forma. Logo, a estrutura constitui a necessidade de um advérbio.

Forma adequada:   … de reconstruir a realidade urgentemente ou de forma urgente. Opte para pureza do texto, pela 2ª possibilidade.

 

 

Caro aluno, após ratificar as informações concernentes ao 1º parágrafo,

cedo-lhe a quantidade de erros que compõem o 2º parágrafo para que

o nosso encontro seja prazeroso na próxima semana.

Erros:  8.  

O desafio está lançado.

 

Abraços,

Prof. Dênison Ventura Sant’Anna

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