Trilhe Trilhas: projeto integra estudantes da UFS, educa e promove a sergipanidade

Aula de campo na igreja jesuíta de Tomar do Geru
Trilhas com roteiros ecológicos, históricos e culturais. É o que prevê o projeto Trilhe Trilhas, promovido pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade Federal de Sergipe (UFS), já em sua terceira edição. “Dentre as principais finalidades, estão a cidadania, a educação patrimonial e o desenvolvimento da sergipanidade”, resume o idealizador do projeto e vice-presidente do DCE, Magson Melo.

Segundo ele, o principal objetivo do Trilhe Trilhas é integrar os estudantes da UFS e fazer com que eles conheçam outras realidades sergipanas que estão fora dos muros da universidade. Desde a sua primeira edição, em maio deste ano, o projeto tem feito sucesso entre os alunos e recebido elogios de prefeitos e de autoridades fora até da UFS. É o caso da Secretaria do Estado do Meio Ambiente, que já demonstrou interesse pelo projeto.

Igreja do Tejupeba, Itaporanga
Os trilheiros já visitaram a Serra de Itabaiana (maio), Lagoa Redonda e Ponta dos Mangues (junho), no litoral norte sergipano. O roteiro mais recente foi realizado no domingo passado, dia 3 de agosto, quando os participantes percorreram o caminho dos Jesuítas em Sergipe, com visitação à Igreja Jesuíta de Tomar do Geru (de 1688), Igreja e Colégio de Tejupeba (ambos também do séc. XVII), na Fazenda Iolanda, em Itaporanga, e a missão do Jaboatão, no município de Japoatã.

Demonstrando o poder da integração do projeto, os trilheiros foram recebidos em Tomar do Geru pela prefeita Iara Soares Costa, pelo pároco da cidade, Padre Jivaldo, e pela historiadora (formada e atualmente aluna de pós-graduação pela UFS) Maria do Socorro Soares. Juntos, eles promoveram uma aula de campo dentro da própria igreja barroca do século XVII, enriquecendo ainda mais o passeio cultural e histórico.

Com tantos aspectos positivos e importantes, no que diz respeito à educação ambiental, patrimonial, cultural e histórica, não é à toa que o projeto está chamando a atenção da sociedade sergipana e foi aprovado de imediato pela Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis da UFS. “O Trilhe Trilhas está se expandindo mais até do que esperávamos”, conclui Melo.

Procura dobrou 100%

Atendendo ao que prevê o projeto, pode participar do Trilhe Trilhas todo e qualquer estudante regularmente matriculado na UFS. Com o sucesso e a grande procura dos alunos, o DCE já estuda a possibilidade de ampliar o evento, mas isso vai depender de patrocínio.

Trilheiros reunidos
“Começamos com um microônibus com 30 pessoas, mas no roteiro dos jesuítas, de domingo passado, tivemos um aumento de 100%. Foram 60 pessoas participando da trilha. Acho que se tivéssemos algum patrocínio, poderíamos ir além e até mesmo desenvolver atividades de inclusão social e cidadania nas comunidades visitadas”, observa Magson Melo.

Em setembro, o próximo roteiro será a trilha do cangaço. Os trilheiros passarão por Poço Redondo, para conhecer o local onde Lampião e Maria Bonita foram mortos. Em seguida, tomarão banho no Rio São Francisco e depois visitarão o Museu do Cangaço na cidade histórica de Piranhas, em Alagoas. O projeto prevê uma trilha por mês.

Por Mateus Correia
Colaborador do Portal Infonet

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