O 18° Fórum Nacional de Dirigentes Municipais da Educação reuniu em Brasília (DF), no período de 14 a 17 de setembro, representantes das redes municipais de todo o país, além de autoridades da Educação e entidades parceiras, a exemplo do Unicef. Sergipe não ficou de fora e contou com a participação da delegação composta pela presidente e dirigente municipal de Educação de São Cristóvão, Quitéria Barros; delegada e dirigente de Santana do São Francisco, Svetlana Ribeiro; delegado e dirigente de Lagarto, Magson Almeida; dirigente da educação municipal de Aquidabã, Jackson Crisóstomo dos Santos e do dirigente de Frei Paulo, Wagner Dantas.
Durante três dias de evento, a pauta girou em torno da busca ativa escolar; do retorno urgente às aulas presenciais; do regime de colaboração entre entidades, estados e municípios; do Fundeb; do Novo Ensino Médio à luz do currículo, além do fortalecimento da União Nacional de Dirigentes Municipal de Educação (Undime) enquanto promotora da educação inclusiva, equânime e acessível a todos.
O Unicef para Educação se fez presente no evento com o lema “Fora da Escola não pode. Na escola sem aprender também não pode”. Foi comemorado o centenário do pensador pernambucano Paulo Freire, além da eleição da Undime para o biênio 2021- 2023.
Na eleição, Quitéria de Barros trouxe para Sergipe a suplência da Secretaria de Assuntos Jurídicos Escolares da Undime. Como presidente da entidade nacional, foi reeleito o Dirigente Municipal de Educação de Sud Mennucci (SP), Luiz Miguel Martins Garcia; e como vice-presidente, Marcelo Ferreira Costa, dirigente de Canedo (GO). A pose foi realizada na sexta-feira, 18, no Centro de Convenções Brasil 21, em Brasília.
Segundo a professora Quitéria Lúcia de Barros, foram dias de intenso diálogo com vistas a um propósito único: a necessidade de trazer todas as crianças para a escola e entender que não basta a presença dos alunos na escola.
Quitéria Barros ainda informou que todos os esforços precisam ser envidados para, não só garantir a presencialidade dos alunos na escola, mas também, de garantir a aprendizagem. “São tempos que são necessários esforços redobrados para corrigir as deficiências, os prejuízos das aprendizagens que foram perdidas durante o período de pandemia. Muito embora reconhecendo que é um esforço grandioso, nós não conseguiremos fazer tudo isso em um único ano. Essa foi a grande tônica do diálogo que foi estabelecido durante os três dias de fórum. Os dados que nos trouxe o Unicef, os dados que nos trouxe todos os organismos que participaram do encontro, além, obviamente, da preocupação com a execução do novo Fundeb, já que essa lei começa a valer a partir de 2021”, explicou.
Para Magson Almeida, dirigente de Lagarto, O Fórum Nacional da Undime, participar do Fórum foi uma oportunidade de discutir o ensino e a aprendizagem durante a pandemia, em que as aulas aconteceram remotamente. “Foi o momento de pensarmos em suprirmos a defasagem causada pela ausência das aulas, e procurarmos avançar no processo com o retorno presencial, para que o aluno não sofra consequências”, afirmou.
Magson Almeida, que integrante da Undime/SE e que participou do processo eleitoral da entidade como delegado, disse que saiu do Fórum com várias ideias e projetos a serem implantados no município do qual é gestor da Educação. “O feedback com palestrantes de todo país e com os diversos dirigentes dos mais de 400 municípios participantes foi importantíssimo, essa troca de experiências é bastante salutar para a educação pública de qualidade com mais eficiência e compromisso com a população educacional”, destacou.
A dirigente de Santana do São Francisco, Svetlana Ribeiro, lembrou do centenário do Patrono da Educação Nacional: Paulo Freire e destacou como encontro proveitoso. “Um encontro muito aguardado tendo em vista todo o período pandêmico que estamos vivendo, bem como as assimetrias de contextos educacionais no mundo e em especial no nosso país. Temas desafiadores, prioritários e atuais balizaram o cenário. A preocupação com uma educação pública equânime e de qualidade. O entrevero não apenas do acesso, mas também da permanência na escola e o caminho para aprendizagem contínua considerando o atual contexto político brasileiro demarcado por retrocessos e desconquistas, nortearam as discussões reflexivas ao longo do Fórum”, disse.
Fonte: Ascom/Undime
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